
Ciência
09/10/2019 às 10:30•2 min de leitura
Conhecido por abrigar destinos paradisíacos muito procurados por turistas de todo o mundo, o Nordeste brasileiro desta vez ganhou destaque internacional por causa de um problema ecológico: diversas manchas de óleo começaram a aparecer no litoral da região nas últimas semanas.
Destinos mais conhecidos, como Porto de Galinhas (PE), Baía dos Golfinhos (PE) e Praia da Lagoinha (CE) estão entre os atingidos pelas manchas. Com isso, o incidente já afeta diretamente o turismo. A fauna local também se encontra seriamente prejudicada e os danos ambientais ainda não estão totalmente estimados, preocupando os ambientalistas. O governo brasileiro exigiu uma investigação para que sejam descobertos os responsáveis de forma mais breve possível.
A Petrobrás informou que a análise das amostras coletadas identificou que as manchas nas praias são na verdade óleo cru e que não correspondem, portanto, a nenhum dos materiais produzidos e comercializados pela estatal. As hipóteses levantadas até o momento apontam para um possível vazamento acidental ou derramamento causado por navio. Entretanto, ainda não foi possível identificar a origem do óleo. Especula-se também que o material poluente pode ter origem venezuelana, conforme apurado pelo jornal Folha de S. Paulo.
O Ibama divulgou um mapa das praias contaminadas com o material e nele é possível visualizar a imensa faixa de litoral com a área atingida, que se estende do estado do Maranhão até a Bahia. De acordo com o órgão, já foram recolhidas aproximadamente cem toneladas do composto ao longo das últimas semanas.
As equipes trabalham com aviões equipados com radares para auxiliar na limpeza do litoral nordestino. Devido ao movimento das águas, o óleo acaba por encalhar nas praias. Por isso, priorizam a retirada do material da areia para que não retorne ao mar.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobrevoou o litoral das regiões atingidas nesta segunda-feira (7). Além disso, o presidente Jair Bolsonaro visitou o estado do Sergipe, o mais afetado até o momento, que declarou estado de emergência devido ao aumento no número de manchas de óleo. O governo do estado recomenda à população que evite frequentar as praias afetadas pelo desastre.