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Ciência
28/10/2019 às 16:00•2 min de leitura
Nosso cérebro está sempre buscando uma maneira de nos proteger. E quando o assunto é morte, ele cria vários artifícios para que nós não nos preocupemos com isso. O cérebro desvia o foco e faz com que a gente imagine que a morte é algo ruim que ocorre apenas com os outros. Pelo menos, foi o que concluiu um estudo recente.
Segundo pesquisadores de uma universidade em Israel, o nosso cérebro não nos deixa associar a morte a nós mesmos, fazendo a relação do fim fatal apenas com as outras pessoas. Isso não quer dizer que o cérebro acha que nós nunca iremos morrer, mas sim que ele tenta nos enganar fazendo de conta que isso só acontece com os outros.
De acordo com Yair Dor-Ziderman, coautor da pesquisa, “temos esse mecanismo primordial que indica que, quando o cérebro obtém informações que se vinculam à morte, algo nos diz que não é confiável, por isso não devemos acreditar”. É possível que esse mecanismo de proteção surja ainda bem cedo, quando a criança começa ter a noção da possibilidade da própria morte.
"No momento em que você tem essa capacidade de olhar para o seu próprio futuro, percebe que em algum momento vai morrer e não há nada que possa fazer sobre isso", afirma Dor-Ziderman. Para se proteger, o cérebro age em nossa defesa e transmite a possibilidade da morte para os demais, fazendo com que não pensemos mais nisso como um problema também nosso.
Para chegar a essa conclusão, a equipe de pesquisa fez um teste com alguns voluntários utilizando várias imagens enquanto o cérebro era monitorado. Funcionava assim: apareciam vários rostos, às vezes de desconhecidos, às vezes da própria pessoa. Acima de cada um desses rostos apareciam palavras aleatórias, porém boa parte delas tinham relação com a morte.
A partir desse experimento, foi possível observar que, quanto mais próxima uma palavra relacionada à morte estava da imagem do próprio voluntário, mais o cérebro arrumava uma fuga para que o tema não fosse associado a própria pessoa. Para criar esse escudo contra o tema, o cérebro desligava a parte responsável pela nossa capacidade de planejar o futuro. Incrível, não é?