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31/01/2020 às 05:30•2 min de leitura
Bioimpressoras em 3D, nos próximos 10 anos, terão a capacidade de construir órgãos humanos funcionais no espaço. O motivo para isso é que as condições mínimas de gravidade existentes no espaço podem propiciar um ambiente muito mais apropriado para o desenvolvimento desses elementos do que a Terra com a sua gravidade.
Caso a experiência dê certo, esses órgãos impressos no espaço podem auxiliar a reduzir a lista de espera de transplantes e até mesmo reduzir as chances de rejeição do órgão.
Há pouquíssimo tempo a medicina começou a usar a impressão em 3D como um todo, sobretudo em áreas biomédicas, como a construção de próteses e a medicina regenerativa. Até o presente momento, foram impressas algumas versões iniciais de vasos sanguíneos, ossos e diferentes modalidades de tecido vivo confeccionando camadas repetidas do que eles chamam de bioink.
A bioink nada mais é do que uma substância constituída de células humanas vivas e outro tecido voltado a simular o meio natural que envolvem os órgãos que estão em fase de crescimento.
Recentemente, os cientistas descobriram que a Terra pode não ser tão boa assim para o crescimento de órgãos independentes. A razão para isso está na gravidade, que comprime o órgão à medida que eles se desenvolve, prejudicando o seu crescimento e seu funcionamento adequado.
A microgravidade, por outro lado, permite que os tecidos moles consigam manter sua forma naturalmente, sem depender de nenhum tipo de suporte circundante (o que, por outro lado, é necessário para o mesmo experimento aqui na Terra).
Atualmente, o projeto está focado na construção de tecido cardíaco artificial cada vez mais espesso e em sua respectiva devolução à Terra. O próximo estágio da pesquisa são os testes de patches cardíacos sob microscópios e em animais. Aliás, essa próxima etapa pode durar cerca de quatro anos
Além disso, depois dessa próxima rodada de impressões em 3D, a empresa responsável pelo equipamento compartilhará a bioimpressora com empresas e institutos de pesquisa que nutrem interesse em imprimir coisas como tecido hepático, ossos e cartilagem.