Estilo de vida
11/02/2020 às 03:00•1 min de leitura
Cientistas da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg vão iniciar no próximo mês um estudo que envolve o uso de fungos para proteção contra radiação em astronautas.
Encontrado na região em torno de Chernobyl — onde aconteceu o pior desastre nuclear da humanidade —, o fungo é resistente à radiação, o que poderia trazer grandes benefícios aos astronautas que ficam expostos a esse processo físico, em pequena escala, quando estão no espaço.
Esse organismo foi descoberto em 1991 nos reatores de Chernobyl crescendo nas paredes do aparelho. A criatura não só é resistente à radiação como também é atraído por ela.
Porém, só agora os cientistas descobriram essas propriedades que podem ajudar na proteção contra as emissões radioativas. O fungo tem altos níveis de melanina, elemento responsável por tornar a pele mais escura. Além de absorver os raios de Sol, ele também pode "sugar" a radiação e transformá-la em energia química. Este processo é chamado de radiossíntese. E segundo uma publicação feita em 2008 por Ekaterina Dadachova, então da Faculdade de Medicina Albert Einstein — Nova York, esse não seria o primeiro exemplo de fungo deste tipo.
Essa descoberta não só traria benefícios às pessoas e aos objetos no espaço, como para os seres humanos na Terra. O estudo analisará os resultados enviados pelos tripulantes a bordo da Estação Espacial Internacional.