Ciência
12/05/2020 às 06:30•1 min de leitura
A agência espacial russa Roscosmos anunciou no último domingo (10) que os tanques de um foguete responsável pelo transporte de um satélite científico em 2011 se desintegraram na órbita terrestre sobre o oceano Índico. De acordo com o 18º Esquadrão de Controle Espacial da Força Aérea dos Estados Unidos, não há indicações de que o fato tenha ocorrido devido a colisões.
Agora, cerca de 65 peças associadas ao equipamento estão sendo rastreadas, já que, de acordo com cientistas, mesmo pedaços aparentemente pequenos de lixo espacial podem causar verdadeiros desastres, dada a alta velocidade que com a qual se deslocam. Isso inclui danos a satélites e naves, colocando operações de segurança nacional em risco, e até perigo em solo, podendo atingir seres humanos.
“O colapso aconteceu em 8 de maio de 2020, entre as 2h e as 3h [horário de Brasília]. No momento, estamos nos dedicando a recolher dados para confirmar a quantidade de fragmentos deixada pelo foguete”, diz a nota da agência russa.
Spektr-R, satélite transportado em 2011 pelo foguete.
Os detritos se juntaram aos mais de 500 mil objetos rastreados pelo Escritório do Programa de Detritos Orbitais da NASA, sendo que há mais de 100 milhões deles orbitando o planeta, medindo um milímetro ou menos.
Em 2011, o foguete levou ao espaço o Spektr-R, um radiotelescópio que parou de responder aos comandos terrestres em janeiro do ano passado e que, ainda em julho de 2019, foi substituído pelo Spektr-RG, em uma parceria entre a Rússia e a Alemanha.
Foguete responsável pelo lançamento do Spektr-RG em 2019.
Foguete russo se desintegra no espaço e deixa detritos em órbita via TecMundo