Ciência
19/05/2020 às 11:00•1 min de leitura
Dadas as incertezas da NASA sobre quando será possível viabilizar e colocar em ação os veículos comerciais para o transporte regular de tripulação para o espaço, a agência norte-americana anunciou que vai pagar a quantia de US$ 90 milhões (cerca de R$ 514 milhões) por um assento em uma nave Soyuz no fim deste ano, para uma viagem de ida e volta até a Estação Espacial Internacional.
Segundo informou a NASA, o acordo com a Roscosmos, a agência espacial da Rússia, permitirá que os Estados Unidos continuem no complexo espacial mesmo com a possibilidade de atrasos na preparação de novas cápsulas tripuladas destinadas para missões operacionais.
Cápsula Crew Dragon da SpaceX
O acordo entre as duas agências não chega a ser surpresa. Desde o ano passado, Jim Bridenstine, administrador da NASA, já apontava para a possibilidade de ele ser efetivado. Em um comunicado sobre a decisão, a NASA ressaltou: “Para garantir que a agência mantenha seu compromisso com operações seguras através de uma presença contínua nos EUA a bordo da Estação Espacial Internacional até que as capacidades da tripulação comercial estejam disponíveis rotineiramente, a NASA concluiu negociações com a Roscosmos para comprar um assento adicional na Soyuz para lançamento neste outono”.
O principal motivo por trás do acordo entre a NASA e a Roscosmos são os atrasos oriundos de projetos que estão sendo desenvolvidos tanto com a SpaceX quanto com a Boeing envolvendo o programa de tripulação comercial da agência.
Sobre esse problema, a porta-voz Stephanie Schierholz afirmou em entrevista: "A NASA confia que os fornecedores de tripulação comercial dos EUA estarão disponíveis em 2020 ou 2021 e que não serão necessárias mais compras de assentos da Soyuz".
A agência não deu detalhes sobre quem vai voar até a ISS na vaga comprada, mas um dos candidatos mais prováveis é o astronauta Stephen Bowen, que já treinou para ser reserva de outro astronauta enviado para lá em uma missão lançada em abril deste ano.