
Ciência
29/06/2020 às 06:00•2 min de leitura
A tecnologia é capaz de revolucionar até mesmo a forma como nos relacionamos com relíquias do audiovisual. Com uma técnica desenvolvida pelo artista visual Matt Loughrey, por meio de inteligência artificial, agora sabemos que é possível assistir gravações históricas com a nitidez da imagem em alta definição.
Não é apenas uma remasterização como as que vemos por aí, é realmente um trabalho que faz com que as imagens pareçam ter sido filmadas ontem mesmo, com um filtro preto e branco. A técnica faz com que as cenas aceleradas dos filmes antigos ganhem uma velocidade mais "normal".
Filmagem de 1896. (Fonte: @my_colorful_past / Reprodução do Instagram)
Esse tipo de efeito acontecia porque antigamente as câmeras de filme capturavam menos quadros por segundo (fps) do que as de hoje. O que Loughrey faz é recriar as informações visuais perdidas entre os frames para que os movimentos no vídeo avancem de forma suave como as películas contemporâneas.
Para obter esse resultado, o artista criou um algoritmo que gera novos frames entre os originais. Mas isso não é a mesma coisa da técnica de interpolação de movimento, que consiste em duplicar e mesclar os frames do filme original.
Remasterização de filmagem realizada há 123 anos. (Fonte: @my_colorful_past / Reprodução Instagram)
"O que você ganha no final é, de certo modo, uma ilusão de ótica, porque muitos desses quadros nunca existiram" disse Loughrey, em entrevista ao Live Science. "Isso está preenchendo as lacunas com as melhores suposições".
Um das gravações que receberam a técnica foi a conversa entre Si?té Máza, líder do povo Oglala Lakota, e o apresentador William "Buffalo Bill" Cody, em 1914. Cada minuto da filmagem de Buffalo Bill levou 40 horas para ser processado pelo algoritmo, o que gerou milhares de novos frames. O resultado é de cenas sendo reproduzidas a 60 fps, o que passa a impressão de movimentação em tempo real.
A mesma técnica foi utilizada em uma filmagem da Broadway, em Nova York, que foi captada em 1896 com 16 fps. Depois do trabalho, o novo vídeo reproduz as imagens em 71 fps, o que permite que o movimento das pessoas e os pequenos detalhes pareçam ter sido captados nos dias atuais.
Loughrey compara a técnica com uma viagem no tempo. "Existem todas essas pequenas histórias acontecendo, você não conseguiria captá-las com 16 frames por segundo" afirmou ele. Matt Loughrey também restaura fotografias históricas.
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