Ciência
03/09/2020 às 11:00•2 min de leitura
Essa experiência de cores está mexendo com a cabeça dos internautas no mundo inteiro. Aparentemente, a tarefa é muito simples: basta responder qual é a cor do retângulo abaixo para orientar um estudo sobre a nossa percepção de cores. É verde ou azul?
Das mil pessoas entrevistadas num experimento da revista Optical Express, 64% disseram que a cor é verde, enquanto 32% afirmaram que a cor é azul. O objetivo do teste é justamente mostrar a grande variedade de interpretações visuais que podemos criar a partir de um mesmo estímulo.
Fonte: Optcial Express/Reprodução
Chamados a opinar sobre a cor do quadrado número 2 acima, os mesmos mil participantes da primeira pesquisa voltaram a responder e, do total, 90% afirmaram que a cor do quadrado central era verde.
De acordo com a Optical Express, realizadora do teste, quando avaliada pelo modelo de cores RGB (vermelho, azul e verde), a imagem número 2 tem 0 vermelho, 122 verde e 116 azul, o que a torna, tecnicamente verde. O que chama a atenção é que essa cor agora majoritariamente identificada como verde é a mesma do primeiro retângulo.
Fonte: Shutterstock
Na verdade, este é um tipo de teste em que não existe uma resposta "certa" ou "errada". O objetivo do experimento é mostrar que todos nós percebemos e interpretamos as cores de maneiras diferentes em nosso cérebro.
No entanto, se a pessoa tem uma interpretação de cor significativamente diferente das outras, isso pode ser um sinal de um tipo de deficiência visual chamada daltonismo.
O Diretor de Serviços Clínicos da Optical Express Stephen Hannan explica que "cada pessoa é única e, como resultado, nosso cérebro processa as informações de maneira diferente. Dependendo de como você interpreta, uma pessoa pode ver a cor de uma maneira, enquanto a próxima pode vê-la de uma forma totalmente diferente”.
Segundo Hannan, não causa surpresa o fato de muitos entrevistados mudarem de ideia em relação à cor que viram anteriormente quando esta é colocada entre dois tons de azul. Isso porque percebemos a cor de um objeto com base em uma comparação com seus tons circundantes, e não na cor real em si.