6 fatos curiosos (e pegajosos) dos vermes-de-fita marinhos

Quando se ouve falar em vermes, normalmente a gente pensa em bichos desagradáveis que muitas vezes habitam dentro de nós ou em algum dos nossos pets. Contudo, saiba que estes seres estão presentes também em zonas aquáticas, como no caso do verme-de-fita. 

O verme-de-fita é um animal invertebrado aquático do filo nemertea (chamados nemertinos), com mais de 1 mil espécies conhecidas até hoje. Boa parte deles habita os oceanos, mas é possível encontrar algumas espécies em riachos e lagoas. A variedade desses bichos é enorme, especialmente quanto ao tamanho, que varia de acordo com cada espécie. Separamos alguns fatos curiosos sobre esse animal tão incomum.

1. A longa (e angustiante) probóscide 

O probóscide nada mais é que um apêndice alongado que pode ter diversas funções, como capturar uma presa ou se defender de inimigos. Um exemplo muito comum de probóscide é a tromba do elefante. 

Os vermes-de-fita possuem probóscide longa, algumas vezes ramificada, que sai de dentro de um orifício para atacar sua presa. O vídeo a seguir mostra bem como funciona:

Nos nemertinos, a probóscide serve de defesa. Em situações de perigo (como a do vídeo) eles expelem esse órgão na tentativa de imobilizar ou distrair o predador, porém tal reação os leva à morte já que eles são incapazes de viver sem o mecanismo. 

2. Extrema fragilidade

Vermes-de-fita são frágeis e podem se quebrar. (Fonte:Katsukaida Iori / Reprodução)

No vídeo, talvez você tenha achado que eram vários vermes-de-fita se contorcendo, porém é um único animal que se desmembrou, resultado de estar fora d’água. Ocorre que diversas espécies de nemertinos dependem da pressão gerada pela água para se manterem uniformes, pois seus corpos são muito frágeis. Logo, o animal do vídeo estava dando seus últimos “suspiros”.  

3. Que bicho venenoso!

Veneno dos nemertinos pode ser mortal. (Fonte: Shutterstock)

Alguns desses vermes, como a espécie cephalothrix simula, podem ser perigosos por utilizarem uma toxina poderosa, a tetrodoxina. Você pode não lembrar pelo nome, mas essa toxina está presente no baiacu, um peixe bem conhecido por aqui. O efeito da tetrodoxina pode ser fatal, induzindo à paralisia e à asfixia. 

4. Alguns são parasitas

Alguns vermes são parasitas e podem se alimentar dos ovos do hospedeiro. (Fonte: Clemson University / Reprodução)

Alguns vermes-de-fita vivem como parasitas em outros animais, alimentando-se de tudo o que o seu hospedeiro consome. Ele pode atacar os ovos do seu hospedeiro, como acontece no Caribe, onde a espécie carcinonemertes se alimenta dos ovos da lagosta, o que prejudica a reprodução e, consequentemente, a pesca e o consumo. 

5. Não é só você que tem muco

O muco é de vital importância para os nemertinos. (Fonte: Shutterstock)

Os vermes-de-fita produzem muco para facilitar o trânsito por rochas e lamas, usando-o para escorregar por essas superfícies. O muco também auxilia em momentos de maré-baixa, quando os nermertinos ficam expostos e podem ressecar, servindo como uma manta de proteção. Além disso, a gosma dificulta que eles virem presa fácil, pois o muco escorregadio torna complicada a tarefa do predador.

6. Sim, eles podem ser gigantescos

A espécie lineus longissimus, como o próprio nome indica, é um tipo de verme-de-fita que pode ser muito grande em comprimento. O maior encontrado até hoje media mais de 50 metros (!).