5 curiosidades sobre o panda-vermelho

Ainda que ofuscado pelo primo mais famoso, o panda-vermelho tem ganhado espaço no coração das pessoas, em especial por uma ajuda involuntária de Hollywood. Filmes como Red: Crescer É uma Fera e personagens como o Mestre Tofu, da franquia Kung Fu Panda, ajudaram a tornar o bicho mais conhecido.

Também conhecido como raposa-de-fogo, o panda-vermelho é um mamífero arborícola, nativo das regiões montanhosas do Himalaia e do sul da China, que possui cabeça redonda, focinho curto e orelhas retas e triangulares. Para saciar sua curiosidade, vamos apresentar alguns fatos sobre o belo animal.

1. Derivações da espécie foram extintas

(Fonte: Wikimedia Commons)

Alguns parentes bem próximos dos pandas-vermelhos já não estão entre nós. Apesar de atualmente ocuparem o leste do Himalaia e o sul da China, os primeiros fósseis de animais semelhantes foram encontrados mais longe, no Reino Unido.

Em 1888, um molar e a mandíbula inferior de um animal foram descobertos, identificados posteriormente como uma espécie de panda-gigante, mas sem relação com o animal moderno, e sim com o fofo panda-vermelho.

Outros fósseis foram encontrados ao longo do último século na Espanha, Europa Oriental e até nos Estados Unidos, região esta que especialistas acreditam ter sido o lar dos pandas-vermelhos gigantes antes de sua extinção.

2. Faz parte da mesma ordem biológica que os cães e gatos

(Fonte: Wikimedia Commons)

Dentro da sistemática zoológica, Carnivora é a ordem biológica que aglutina animais como ursos, cães e gatos, animais reconhecidamente carnívoros. Todavia, a classificação não é restrita a animais comedores de carne, havendo alguns onívoros e outros vegetarianos.

Os pandas-vermelhos são um bom exemplo de animais da ordem Carnivora que se alimentam, basicamente, de folhas jovens de bambu e alguns insetos. Inclusive, parte considerável do seu dia é gasta se alimentando, algo próximo a 13 horas, em virtude de suas fontes de alimento serem nutricionalmente pobres.

3. Possuem um polegar falso

(Fonte: Wikimedia Commons)

Assim como seus primos de pelagem preta, os pandas-vermelhos compartilham os polegares falsos, que na realidade são ossos do pulso estendidos.

Em 2006, um estudo demonstrou que a existência desse falso dedo era um caso de convergência evolutiva, que é quando dois animais não relacionados desenvolvem estruturas morfológicas, fisiológicas e comportamentais semelhantes, resultado de viverem em condições ambientais muito parecidas.

Logo, diferente do panda-gigante, que usa o membro para comer bambu, o nosso personagem o desenvolveu para facilitar a escalada em árvores, ainda que também o utilize na alimentação.

4. É um animal fujão

(Fonte: Wikimedia Commons)

Os pandas-vermelhos são conhecidos por serem animais fujões. São inúmeros os relatos de indivíduos da espécie que escapam de zoológicos ao redor do mundo, se aproveitando de descuidos e brechas. A questão é tão série que foi desenvolvido um manual sobre cuidados necessários para manutenção do animal em zoológicos no que tange proteção contra fuga.

A título de curiosidade: na psicologia, existe um evento chamado de Efeito Panda-Vermelho, que é quando as pessoas afirmam ver algo que, na verdade, não está lá, geralmente confundido um objeto com outro.

Isso surgiu após a fuga de um panda-vermelho na Holanda, em 1978. Diversas pessoas ligavam relatando ter visto o animal, que já havia sido encontrado, infelizmente, morto.

5. O navegador Firefox é um panda-vermelho

(Fonte: Wikimedia Commons)

O Firefox é um dos principais navegadores de internet. Sua marca e o nome foram criados em homenagem ao panda-vermelho, e não a uma raposa. Originalmente, a Mozilla, empresa fabricante do browser, desejava batizar seu produto como Firebird. No entanto, descobriram que já havia outra empresa tocando um projeto de código aberto com este nome.

Foi aí que escolheram Firefox, um apelido em inglês pelo qual o animal é conhecido. O tema é tão sério para a Mozilla que, em 2010, decidiu adotar dois pandas-vermelhos que haviam nascido no zoológico de Knoxville, no estado norte-americano do Tennessee. À época, os bichos foram batizados como Cub #1 e Cub#2.