Artes/cultura
16/07/2023 às 10:00•2 min de leitura
Das duas uma: ou você já assistiu a um filme em que detetives utilizaram uma lanterna diferente para procurar sangue em um local de crime; ou você já foi a uma casa de festas com iluminação estranha, que deixava algumas coisas brilhando. Independente da opção, ambos os casos tratam-se da luz negra.
Também conhecida como luz ultravioleta (UV), este tipo específico de iluminação tem um comprimento de onda menor do que aquele emitido pela luz visível e, portanto, não pode ser enxergada normalmente pelos olhos humanos. Ainda assim, somos capazes de ver seus efeitos em outros elementos e superfícies!
(Fonte: Getty Images)
Com comprimento de onda entre variando entre 315 nm e 400 nm (nanômetros), a luz UV emite fótons que podem ser absorvidos pelos elétrons girando em torno dos átomos. Ou seja, cada órbita dos átomos é capaz de comportar um número limitado de elétrons, que carregam consigo uma também limitada quantidade de energia.
Em geral, os elétrons ficam lá, na deles. Mas quando recebem uma quantidade extra de energia, como a da luz ultravioleta, eles se tornam muito mais ativos. Basicamente o que acontece, então, ao serem atingidos pela luz negra, é que os elétrons absorvem essa luz, que é transformada em energia, e depois a expulsam.
Porém, o comprimento de onda da luz expelida é maior do que a da recebida, adentrando o espectro que nossos olhos são capazes de enxergar. E tem muita coisa por aí que é capaz de brilhar, mas somente se expostas à luz UV.
Por exemplo, sabe aqueles esquilos voadores fofinhos? Quando expostos à luz negra, eles brilham em um belo tom de rosa. Outros bichos também têm esta "habilidade secreta" de brilhar sob a luz negra, como o pelos dos ornitorrincos, que brilha em um tom verde-azulado.
(Fonte: Getty Images)
Voltando um pouquinho no que falamos lá em cima sobre o uso da luz negra em cenas de crimes. Embora o funcionamento da coisa toda não dependa única e exclusivamente da luz ultravioleta, ela é um elemento essencial na investigação de casos criminais.
Para isto, peritos utilizam um spray de luminol, um reagente quimioluminescente que, em contato com o sangue, emite uma luz muito útil para o trabalho de detetives e investigadores.
(Fonte: Getty Images)
Sim, a exposição aos raios ultravioleta A (UVA), de comprimento de onda mais longo; e aos raios ultravioletas B (UVB), de comprimento de onda mais curto, podem, sim, causar câncer. Tanto o UVA, que é mais associado ao envelhecimento da pele, quanto o UVB, associado à ardência da cútis, danificam o DNA da pele.
A boa notícia é que por ocorrerem na superfície da pele, é muito mais fácil identificar este tipo de câncer. E, quando identificado nos estágios iniciais, é geralmente fácil de ser tratado e curado.