Ciência
09/06/2024 às 17:00•2 min de leituraAtualizado em 09/06/2024 às 17:00
O “sumiço” dos anéis de Saturno e o retorno do cometa Halley são alguns dos eventos astronômicos mais aguardados dos próximos anos. Mas, enquanto eles não chegam, vale a pena olhar para o passado e relembrar acontecimentos que marcaram a história da astronomia.
Apresentamos, a seguir, sete eventos cósmicos espetaculares testemunhados pelos nossos ancestrais.
Um dos primeiros eventos astronômicos previstos, o eclipse solar total de 585 a.C. entrou para a história não só pela beleza. Ele ocorreu em meio à guerra entre os reinos de lídios e medos, que interpretaram a escuridão como sinal da fúria dos deuses.
Dessa forma, o fenômeno previsto por Tales de Mileto levou ao fim do conflito, terminando com um acordo de paz entre os dois povos.
Apresentando um brilho impressionante em uma das suas passagens mais marcantes, o cometa Halley chamou a atenção de quem vivia em 1066. Tal aparição foi registrada na Tapeçaria de Bayeux, obra do século XI que pode ser a primeira representação do corpo celeste.
Vale lembrar que ele se aproxima da Terra a cada 76 anos, com a sua próxima passagem estimada para julho de 2061.
Outro fenômeno marcante aconteceu em setembro de 1882, quando o cometa mais brilhante da história, segundo as testemunhas, surgiu no céu. Estima-se que ele apresentou um brilho mil vezes maior que o da Lua cheia, sendo visto durante o dia.
Apelidado de “estrela resplandecente”, ele permaneceu visível por semanas em todo o planeta.
Diferente das chuvas de meteoros “normais”, este fenômeno intrigante teve pequenas rochas espaciais cruzando o céu lentamente e em formação, seguindo uma trajetória quase horizontal.
Ele foi visto em diversos países, inclusive no Brasil, e permanece sem explicação. Algumas teorias sugerem que se tratam de fragmentos de um pequeno satélite natural que orbitava a Terra.
A maior tempestade solar já registrada aconteceu em 1859 e fez com que as auroras fossem vistas no extremo sul do planeta. A enorme ejeção de massa coronal afetou os telégrafos globalmente, gerando choques nos operadores.
O Evento Carrington, como a tempestade geomagnética ficou conhecida, também levou à eletrificação do ar pelas partículas solares.
Quem vivia em 1054 testemunhou o adeus de uma estrela cujo brilho gerado durante a explosão em supernova foi observado em todo o mundo durante quase dois anos. Ela só não brilhava mais que a Lua, conforme os registros da época.
Séculos depois, cientistas descobriram os restos mortais da estrela e a denominaram Nebulosa do Caranguejo.
Considerada a tempestade de meteoros mais impressionante de todos os tempos, a Chuva de Meteoros Leônidas de 1833 iluminou o céu da América do Norte por horas no dia 13 de novembro. Estima-se em torno de 20 meteoros vistos a cada segundo.
A população entrou em pânico, temendo o fim do mundo, só se acalmando ao amanhecer, quando o fenômeno terminou.