Artes/cultura
27/07/2024 às 10:00•2 min de leituraAtualizado em 27/07/2024 às 10:00
Os olhos dos seres humanos são a janela que temos para o mundo, nos ajudando a absorver todo tipo de informação ao nosso redor e também revelando muito sobre a nossa espécie. Porém, existe muito que ainda não sabemos sobre eles.
De acordo com um novo estudo feito por pesquisadores da Suécia e da Holanda, o tamanho das nossas pupilas muda conforme respiramos. Sendo assim, a cada inspiração e expiração que realizamos, as pupilas dilatam para se adaptar às necessidades do nosso corpo.
Por mais de 100 anos, a nossa espécie interpreta as pupilas como algo que responde muito mais do que a luz. Contudo, estudos sobre o motivo desses "pontos pretos" se expandirem e contraírem com nossa respiração têm sido algo contraditório há muito tempo.
Estudos anteriores sugerem que as pupilas dilatam quando inspiramos, enquanto uma revisão feita em 2022 afirma que havia "evidências inconclusivas" para esse fenômeno. Então, o neurocientista do Instituto Karolinska, na Suécia, Martin Schaefer e seus colegas decidiram abordas as limitações dos estudos anteriores.
Em uma série de experimentos, os investigadores usaram uma câmera especial para medir o tamanho das pupilas de mais de 100 voluntários enquanto eles estavam em repouso. "O tamanho da pupila atinge consistentemente seu mínimo no início da inspiração e seu máximo durante a expiração", disseram os cientistas em relatório oficial.
Esse mesmo padrão esteve presente quando os voluntários realizavam tarefas visuais simples ou apenas olhavam para um ponto. Os dados vão de encontro com publicações anteriores que afirmam que as pupilas são menores ao expirarmos. Na visão dos autores, existe uma série de motivos para isso acontecer.
Segundo Schaefer, as novas descobertas sugerem a possibilidade de que a percepção visual em si possa alterar o tamanho das pupilas durante a inspiração e a expiração. Os especialistas também afirmam que esse fenômeno pode ocorrer devido a outros fatores, como estado emocional, excitação física e também em resposta a medicamentos.
Inclusive, a dilatação das pupilas é frequentemente usada por médicos para avaliar nosso nível de consciência e detectar condições de saúde mental. Logo, entender mais sobre seu comportamento criaria uma ferramenta de diagnóstico ainda mais poderosa.
Enquanto o estudo ainda aguarda pela revisão por pares, os cientistas afirmam já ter identificado recentemente o mecanismo por trás de pelo menos algumas dessas mudanças. Contudo, assim como o que acontece com o tamanho da pupila em resposta ao nosso ciclo respiratório, o motivo pelo qual muitos desses fenômenos ocorrem continua sendo um verdadeiro mistério.