
Ciência
29/05/2024 às 09:00•2 min de leituraAtualizado em 29/05/2024 às 09:00
Em 1969, o zoólogo americano Robert Treat Paine realizou um experimento interessante com estrelas do mar da espécie Pisaster ochraceus, conhecida como estrela-do-mar-ocre: durante dois anos, nas marés baixas, quando as estrelas-do-mar se prendiam às rochas, o pesquisador as pegava e as removia do local, impedindo que elas voltassem para o mar quando a maré subia novamente.
O resultado desse experimento, quase infantil, foi o colapso daquele ecossistema. Com o sumiço programado da estrela predadora, a população de mexilhões explodiu e outras espécies marinhas desaparecerem, deixando um terreno menos diverso.
Em outra área, onde Paine não atuou, não houve modificação do ambiente e do seu entorno. Todo esse empenho resultou na descoberta de uma espécie-chave.
A espécie-chave é o pilar que mantém um ecossistema em funcionamento, contribuindo para sua manutenção e sobrevivência. Não apenas os grandes predadores são esses pilares, mas também animais intermediários.
Exemplos desses animais são as abelhas, castores, lontras, lobos, tubarões e até pequenos camarões (Pandalus borealis). Eles estão inclusos em uma listagem com mais de 230 animais considerados espécies-chave em seus habitats.
Em termos gerais, é difícil compreender como pequenos animais podem cumprir um papel tão grande para a existência e manutenção do mundo. Muito mais do que uma "seleção natural", o desaparecimento de qualquer um desses animais geraria uma devastação no meio ambiente, influenciando, inclusive, na extinção de espécies que aparentemente não possuem ligações.
Um rápido experimento pode ser feito no site Phet, onde, na inexistência de predadores, os coelhos dominariam o mundo. Ainda que limitada, a simulação ajuda a visualizar como a falta de um dos pilares interfere no restante do conjunto.
Não e até mesmo o conceito de "espécie-chave" está em discussão. Regularmente, novos animais são candidatados à posição de prestígio, mas em um planeta tão diverso, é impossível dizer quantos mais serão incluídos.
Infelizmente, algumas das espécies só passam a ser notadas quando as consequências começam a aparecer, por exemplo, a importância das abelhas ou mesmo da vespa-do-figo.
Muitas espécies de flores possuem um polinizador específico, como é a flor da figueira. Se a vespa desaparecer, a flor deixa de ser polinizada, desaparecendo o "fruto" e, consequentemente, passarinhos e outros animais perdem uma fonte de alimentação.
Assim, a cadeia trófica é interrompida, podendo levar quem está nos seus extremos à necessidade de adaptação ou então a extinção. Portanto, o estudo constante das relações que ocorrem no ecossistema, incluindo a exploração humana e a necessidade de investimento em conservação ambientais, são fundamentais para que todos sobrevivamos no ciclo da vida.
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