6 fatos que você talvez não saiba sobre a pena de crucificação

25/04/2018 às 04:413 min de leitura

A crucificação foi um método de execução extremamente agressivo, que ganhou notoriedade e se perpetuou na história por ter sido a maneira utilizada para executar Jesus Cristo. E isso pode vir como uma surpresa para muitos, mas o método era prática relativamente comum em diversos países na Antiguidade e já ceifou milhares de vidas.

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1. Crucificações em massa

Com frequência, as crucificações eram utilizadas para passar uma mensagem. Às vezes, para que os crucificados servissem de exemplo; em outros casos, poderia ser uma mera demonstração de poder.

Um desses casos foi a crucificação promovida pelos persas quando retomaram o controle da Babilônia após uma rebelião promovida pelo povo babilônio. Após 19 meses de lutas, quando finalmente conseguiram derrubar os portões do local, os persas decidiram deixar claro que rebeliões não seriam mais toleradas, então crucificaram nada menos que 3 mil babilônios de alta posição social. Que servissem de exemplo!

Por sua vez, o famoso Alexandre, O Grande, ao conseguir dominar a cidade de Tiro, na Fenícia, e tirá-la das mãos dos persas, decidiu dar um toque final após tanta luta. Mandou crucificar 2 mil sobreviventes da batalha e deixar os crucifixos espalhados ao longo da praia como um aviso, mostrando quem mandava no pedaço a partir daquele momento.

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2. Crucificações em Roma

Pode parecer estranho, mas a crucificação não era prática lá muito comum no Império Romano. No geral, essa forma de execução era utilizada em pessoas e situações específicas.

Cidadãos romanos, por exemplo, quase nunca eram crucificados. A única exceção era se o sujeito cometesse alta traição contra o Império. Já para os escravos, a coisa era diferente: eles poderiam ser crucificados por roubo ou por incitar rebeliões.

O leque se abria um pouco mais nas regiões anexadas ao Império Romano, onde poderiam ser crucificadas aquelas pessoas consideradas indisciplinadas, rebeldes, insubmissas...

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3. A revolta de Spartacus!

Lembra que ali em cima foi mencionado que escravos eram crucificados por incitar rebeliões? Pois é! Gladiadores também eram escravos, e Spartacus foi um gladiador que escapou de um campo de treinamento levando consigo mais de 70 gladiadores e recrutou milhares de outros pelo caminho. Fazendo o quê? Rebelião!

Ele sobreviveu durante alguns anos e até mesmo foi durão o bastante para desafiar Roma com o exército que tinha formado. Mas, no final, ele acabou sendo morto em combate, e seus companheiros que sobreviveram não conseguiram escapar da matemática: escravo + rebelião = crucificação!

Mais de 6 mil sobreviventes acabaram sendo crucificados! Sim, no fim essa também foi uma crucificação em massa.

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4. Afinal, onde ficavam os pregos?

As imagens mais difundidas da crucificação de Cristo costumam retratar os pregos colocados nas mãos. Porém, hoje em dia já se sabe que as mãos seriam incapazes de aguentar o peso do corpo.  Por causa disso, há duas teorias a respeito de como a crucificação era feita.

Uma delas defende que de fato os pregos eram postos nas mãos, mas que as vítimas estariam previamente amarradas na cruz. Dessa forma, o prego seria unicamente o castigo sofrido por aquela pessoa, e não um ponto de apoio para o corpo.

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Já a segunda teoria defende que os pregos eram colocados nos punhos da vítima, pois essa parte, sim, devido aos ossos que ali se localizam, teria força suficiente para sustentar o peso de um corpo.

5. Causas da morte

As causas da morte em uma crucificação poderiam ser das mais variadas e iam muito além dos ferimentos causados pelos pregos, e o pior: a pessoa poderia levar dias para morrer.

Algumas morriam em decorrência do açoitamento pelo qual passavam antes de ir para a cruz. Outras acabavam desidratadas, caso a época fosse muito quente. Se estivesse muito frio, poderiam morrer de hipotermia, afinal elas eram despidas antes de serem colocadas na cruz. E alguns ainda morriam asfixiados, pois a posição do corpo causaria um enfraquecimento nos órgãos responsáveis pela respiração, que por fim parariam.

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6. A abolição da crucificação

O cristianismo levou um tempo após a morte de Cristo para se fortalecer. Todo o processo de aceitação do cristianismo como religião oficial levou em torno de 300 anos!

Ela começou como uma religião fora da lei, um culto não reconhecido oficialmente, depois passou a ser tolerada, até que se desenvolveu tanto que se tornou a religião dominante no Império Romano.

Foi em 337 d.C., motivado por sua própria veneração a Jesus Cristo, que Constantino bateu o martelo e decidiu abolir de vez a prática da crucificação.

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