Artes/cultura
08/06/2018 às 08:00•2 min de leitura
Apesar de todas as vantagens em ser um rei durante a Idade Média, ainda existiam grandes preocupações. Obviamente, elas não eram boletos do IPTU do terreno, mas sim a salvaguarda do castelo contra invasores. Na época, não havia um estado para manter a ordem e garantir o direito de propriedade, então era necessário investir em defesas próprias.
As muralhas eram barreiras mais simples e podiam não ser o suficiente durante um cerco, principalmente se fossem de madeira. Havia uma infinidade de táticas de ataque, e era preciso saber se proteger de cada uma para que tudo seguisse bem. Abaixo mostraremos algumas estratégias utilizadas na época para que os banquetes pudessem ocorrer em paz.
Os castelos de mota, ou motte-and-bailey, eram um tipo de fortificação que priorizava a proteção do rei. Eles foram amplamente utilizados quando os materiais mais comuns eram madeira e palha. A estrutura ficava no topo de uma colina, e, logo abaixo, estava a cidade, toda cercada por muros. Em caso de ataque, arqueiros podiam se posicionar lá em cima, pois os invasores precisariam percorrer toda a parte inferior antes de chegar ao portão que levava ao alvo principal. Na foto acima está o Castelo de Windsor, na Inglaterra, originalmente concebido nesse sistema.
A ideia dos castelos de mota era criar um desnível tão grande que fosse quase impossível chegar à estrutura principal, a não ser pela rampa construída para esse fim. Os fossos partem do mesmo princípio, mas o que impede os invasores é uma cavidade profunda cheia de água, que intimida quem pensa em tentar atacar o local. Um cerco fazia com que o exército inimigo se posicionasse ao redor do lugar, tornando possível uma contagem do número de soldados e, em caso de flechas, protegendo os arqueiros.
Apesar do nome diferente, se você já assistiu a algum filme mostrando o período medieval, sabe do que estamos falando. Os invasores não começavam um ataque só por estarem passando ao lado de um castelo; eles sabiam exatamente onde deveriam ir para capturar o rei e os tesouros. Por isso, eram construídos barbacãs em pontos intermediários onde a passagem podia ser bloqueada, além do principal, que ficava logo na entrada da fortificação, geralmente no fim da ponte que existia sobre o fosso. Eles sempre eram maiores que os muros e possuíam um sistema duplo de portões.
O barbacã servia como um obstáculo físico, mas ele possuía outros artifícios que tornavam a invasão do castelo um trabalho bem complicado. Através das seteiras, os arqueiros podiam observar o inimigo sem correr maiores riscos, além de atingi-los com facilidade. Já o buraco assassino parece ter saído de um filme de terror, pois por meio dele era possível jogar todo tipo de material sobre os oponentes, incluindo água ou óleo quente.
A ideia dessas soluções é sempre restringir o acesso, e nada como portas a quatro metros de altura para evitar que alguém entre com facilidade. Esse tipo de defesa era utilizado em quase todos os castelos, e a ascensão durante períodos de paz era feita através de uma escada de madeira removível. Os inimigos até podiam trazer os próprios degraus, mas o trabalho era muito maior.
Esses artifícios variavam muito de acordo com a geografia do local de construção do castelo, que sempre foi um ponto bastante importante, pois disso dependia a continuidade do reinado. Mas apostamos que, se eles vissem os recursos atuais para evitar a entrada de ladrões, ficariam bem empolgados.
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