Ciência
24/07/2019 às 08:00•3 min de leitura
Muita coisa mudou desde a Revolução Industrial, não só na forma de consumo, mas em como a indústria funciona. Uma dessas mudanças foi a substituição da energia a vapor pela energia elétrica — o que inaugurou na história um caminho sem volta.
Por exemplo, hoje é impossível imaginar qualquer área de uma empresa funcionando sem energia elétrica, independentemente de qual seja o tamanho do negócio ou o seu segmento. No entanto, existem atividades que demandam um maior consumo de energia — e, a seguir, você pode conferir uma lista com 7 dos tipos de empresa mais “gastonas”:
Dentre os segmentos empresariais que mais utilizam energia elétrica para se manter em pleno funcionamento estão os supermercados. Você já parou para pensar no quanto um estabelecimento como esse depende da eletricidade?
(FCA)
A operação dos caixas, geladeiras de perecíveis, ar condicionado e o sistema de segurança são apenas alguns dos setores que simplesmente deixam de funcionar quando há interrupção no fornecimento de energia, hipótese que pode ocasionar sérios prejuízos.
Para se ter uma ideia, segundo representantes do setor, a conta de luz é a segunda maior despesa de algumas redes de supermercados, superando inclusive o valor do aluguel. Por isso, a busca por projetos de eficiência energética também é alta nesse tipo de negócio.
Segundo a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), na corrida a caminho do consumo de energia, a indústria automobilística deixa os adversários comendo poeira.
(Axios)
Isso acontece porque todo o funcionamento de uma montadora de automóveis está condicionado ao perfeito funcionamento de máquinas pra lá de robustas, cujo peso chega equivaler a toneladas, e isso torna a procura pela eficiência energética uma constante no setor.
Devido ao alto custo dos itens produzidos, a interrupção ou o fornecimento de energia de baixa qualidade podem ocasionar uma série de prejuízos significativos. Na linha de pintura, por exemplo, segundo o presidente da Nissan, quando há qualquer problema no abastecimento enquanto a máquina está em funcionamento, é preciso dar uma pausa no processo e refazer toda a pintura dos automóveis que se encontram na linha de produção.
O setor hoteleiro também entra na lista de negócios que mais utilizam energia elétrica no Brasil. Inclusive estima-se que, na maioria dos hotéis e pousadas, os gastos ocupam pelo menos uma das primeiras posições da lista de custos desses estabelecimentos.
(Franchise India)
Basta pensar na quantidade de equipamentos eletrônicos necessários para atender todos os hóspedes e manter tudo devidamente funcionando: sistemas de ar condicionado, equipamentos de cozinha, televisores, chuveiros, iluminação, etc.
Mas não é só de gastos que vamos falar aqui, também é preciso mencionar que projetos de eficiência energética têm sido uma importante ferramenta para a manutenção da economia em todo o setor que, em alguns casos, alcançam redução de 60% na conta de luz.
O segmento metalúrgico é o segundo maior exportador da indústria de transformação nacional, dado retirado de um estudo específico sobre as metalúrgicas do Brasil desenvolvido pela Universidade Estadual de Campinas.
(India Steel)
Mas não é só nesse ranking que as metalúrgicas ganham posição de destaque, uma vez que as empresas do segmento também são as que mais consomem energia elétrica no país. Em 2011, por exemplo, 23,7% de todo o consumo do setor industrial caiu na conta das do setor.
Não é possível especificar quais as áreas de uma metalúrgica que mais utilizam energia, mas, no geral, a tecnologia utilizada nos maquinários durante toda a produção é responsável por uma grande fatia desse número.
O grande gargalo de gastos de energia elétrica, na maioria dos estabelecimentos, especialmente do setor gastronômico, está na refrigeração, tanto que, de 25% a 60% do total de energia consumida nessas empresas são destinados ao funcionamento de frigoríficos, geladeiras e freezers.
(Verbier)
Manter tudo fresquinho no setor gastronômico em geral reflete diretamente nos gastos com energia. Entretanto, ainda falando sobre a refrigeração, existe outro equipamento que congela o valor da conta de luz lá em cima: o ar condicionado.
É crescente a busca de alternativas para reduzir o consumo desses equipamentos, como usar ventiladores no lugar do ar condicionado em dias frescos, evitar abrir as portas dos refrigeradores de forma desnecessária e por aí vai.
Pelo menos 41% do consumo de energia elétrica no Brasil é utilizado por empresas, segundo dados já bastante conhecidos divulgados pela Confederação Nacional da Indústria, CNI, e a indústria do plástico também está entre as que mais utilizam esse recurso.
(Financial Tribune)
De qualquer forma, é importante entender que, apesar do alto custo, a energia elétrica é um dos fatores que possibilitam economizar muito dinheiro durante o processo produtivo, devido à automação e consequente aumento de produtividade.
Hospitais e clínicas também estão na lista dos negócios que mais dependem de energia elétrica para funcionar. Aqui, o consumo é muito alto, sobretudo pela necessidade de manter muitos equipamentos ligados ao mesmo tempo focados em preservar vidas.
(Pexels)
E, assim como em outros setores já mencionados aqui na lista, a busca por medidas que possibilitem o aumento de eficiência energética é crescente também nos hospitais. Nesse sentido, é importante ressaltar que alguns hospitais já alcançaram até 40% de redução na conta de luz.
***
Conforme o mundo conquista avanços tecnológicos descomunais, também aumenta a necessidade de energia para colocar tudo isso em funcionamento — o que, por sua vez, reflete diretamente em todos os setores, sobretudo nas indústrias, responsáveis por abastecer os comércios.
A busca por fontes alternativas, como os geradores de energia próprio e outras opções, visam evitar a dependência exclusiva — e muitas vezes precária — da energia fornecida pelas empresas concessionárias, sendo uma medida eficaz no caminho da eficiência energética.
*Via assessoria.