Artes/cultura
11/01/2019 às 07:09•4 min de leitura
Todo mundo conhece – ou pelo menos tem uma ligeira noção sobre – quem são as divindades mais famosas da mitologia grega, bem como quais foram alguns de seus pensadores e filósofos mais ilustres. As batalhas épicas travadas por esse povo e imortalizadas por seus grandes poetas (This is Spartaaaa!!!) também são pra lá de conhecidas.
Entretanto, segundo Elizabeth Yetter, do site TopTenz, existem diversos aspectos relacionados com a Grécia Antiga que são menos populares – e nós do Mega Curioso reunimos 5 deles para compartilhar com você. Confira a seguir:
A gente começou a matéria falando sobre a rica mitologia grega, certo? Não é segredo que os antigos gregos adoravam a uma porção de deuses e, de acordo com Elizabeth, a religião exercia um importante papel na vida dos integrantes dessa cultura. Tanto que existiam todo tipo de festividade e celebração, e havia festejos, banquetes e rituais que eram realizados ao longo de todo o ano.
(Thought.Co/Culture Club/Hulton Archive/Getty Images)
Pois entre as cerimônias organizadas honrar os deuses estavam as oferendas e os sacrifícios. No primeiro caso – o as oferendas –, o mais comum era que as pessoas deixassem toda classe de item (de alimentos a objetos pessoais, incluindo até brinquedos) às divindades em espécies de altares e, quando as peças não eram queimadas, elas eram deixadas à sorte dos elementos ou consumidas por animais.
Mas você deve estar curioso mesmo é sobre os sacrifícios de sangue, certo? Sim, caro leitor, eles aconteciam na Grécia Antiga. Mas, ao contrário do que acontecia em outras culturas, eles não envolviam seres humanos, e sim o abate e animais. O mais comum era que apenas determinadas partes dos corpos dos bichos sacrificados fossem ofertados aos deuses (o que não virava oferenda era consumido pela população), e uma curiosidade interessante é que, geralmente, as fêmeas eram associadas às divindades femininas, enquanto os machos, às masculinas.
A antiga civilização grega pode ter sido responsável por uma respeitável lista de avanços, mas nem tudo era um mar de rosas... Embora houvesse uma série normas e “regras de etiqueta”, não existia saneamento básico na Grécia Antiga, e os excrementos eram jogados nas ruas das cidades – então, vá imaginando a fedentina!
(Boing Boing)
Segundo Elizabeth, homens e mulheres usavam penicos diferentes – os deles contavam com uma abertura na parte da frente para que os “donos” pudessem fazer xixi com mais facilidade, enquanto os delas tinham formato de barquinho –, e inclusive foram desenvolvidos utensílios para crianças, e tudo era esvaziado na rua mesmo, diante das residências.
Uma curiosidade, no entanto, é que, apesar de os gregos não verem problema em emporcalhar as vias públicas com os conteúdos dos seus penicos, urinar em público tinha suas peculiaridades. Existia, por exemplo, a crença de que os homens não deviam fazer xixi voltados para sol, uma vez que isso poderia ofender a divindade associada com o Astro-Rei, nem em locais com muita gente, já que os deuses que caminhavam entre as pessoas podiam não curtir muito o espetáculo.
Agora, pense cá conosco, caro leitor: imagine como não deveria ser a situação em grandes cidades, como Atenas, por exemplo, que chegou a abrigar uma população estimada em 500 mil habitantes! Segundo Elizabeth, relatos deixados por antigos poetas e historiadores nos dão uma ideia de como era o panorama, revelando que, em alguns locais, a porcaria acumulada no chão chegava à altura dos tornozelos. Pois é... Eca!
(History of the Ancient World)
E não se esqueça de que todo mundo – idosos, homens, mulheres e crianças, bem como animais – perambulavam sobre isso tudo e, consequentemente, acabavam emporcalhando mais ainda as ruas e arrastando fragmentos a suas casas. Também era comum que as pessoas contaminassem a água e os alimentos que consumiam, sem falar que insetos e roedores se deleitavam nessa sujeira toda. Não é de se estranhar que epidemias catastróficas tenham assolado a Grécia Antiga, não é mesmo?
De acordo com Elizabeth, somente os mais miseráveis não tinham os escravos na Grécia Antiga – por motivos óbvios, né? Entretanto, desde a galera da “classe média” e até os menos abastados tinham escravos, ainda que fosse um só. Os mais ricos, obviamente, mantinham um número maior de criados, e a quantidade servia para que as famílias demonstrassem sua riqueza.
(Brewminate)
A grande maioria dos escravos não eram gregos – geralmente, se tratava de indivíduos capturados por mercadores e piratas ou, ainda, prisioneiros de guerra –, embora um dos destinos dos órfãos era seguir a vida de servidão. Já com relação às atividades desempenhadas, elas não são nenhuma novidade: de limpar a cozinhar e até criar os filhos dos amos, os servos eram responsáveis por tornar a vida dos antigos gregos mais simples.
Sabia que na Grécia Antiga as pessoas podiam se divorciar? Tudo bem que a coisa era mais restrita do que hoje em dia, mas, em determinadas circunstâncias, era possível, sim, que casais colocassem um fim no relacionamento e seguissem com suas vidas. Na verdade, para os homens o processo era bastante fácil: caso estivesse infeliz, bastava com que ele “devolvesse” a esposa à família juntamente com o dote recebido e pronto.
(Greek Theatre and Thebes)
Para as mulheres, era um pouco mais complicado, uma vez que a que desejasse se divorciar precisa conseguir uma aprovação oficial. Com esse documento em mãos, as gregas podiam pôr fim em seus relacionamentos – e seguir com suas vidas. Por outro lado, abandonar o marido podia render à esposa má reputação e complicar sua situação.
Contudo, segundo Elizabeth, quando um matrimônio não produzia herdeiros, o pai ou irmãos da mulher podiam pedir o divórcio para que ela pudesse se casar com outro indivíduo – e esse, por sinal, era o motivo mais comum das separações “legais” na Grécia Antiga.
É claro que de lá pra cá muita coisa mudou e hoje a Grécia é um dos paraísos turísticos do mundo. Ficou interessado em conhecer o país? Confira aqui passagens de 1 mês para Atenas a partir de R$ 3.600.