Artes/cultura
19/08/2022 às 10:00•3 min de leitura
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Na data de 19 de agosto celebra-se o dia de quem tem a responsabilidade de registrar a memória do país a partir da coleta de relatos e documentos: o historiador. Trata-se de uma profissão que precisa ser muito valorizada, uma vez que a preservação de nossa história (e a recapitulação constante dela) é a principal maneira que temos para ter consciência de quem somos.
Há uma longa tradição de historiadores brasileiros que ajudaram a contar a nossa história e a entender como viemos parar até aqui. Neste texto, homenageamos 5 deles.
(Fonte: Isso Compensa)
Dentre os maiores nomes da História brasileira está o de Sérgio Buarque de Hollanda, que, além de historiador, foi também jornalista, professor e crítico literário. Sua obra Raízes do Brasil é compreendida como um relato fundamental para entender como se deu a formação de nosso país.
Buarque de Hollanda ainda é bastante lembrado por sua conhecida teoria do "homem cordial", que seria uma espécie de modelo explicativo sobre quem é o brasileiro nato: alguém que prefere privilegiar as relações pessoais do que as regras da vida pública. Portanto, o brasileiro seria essencialmente corrupto por preferir sempre dar um "jeitinho" ao ter que lidar com as limitações da burocracia.
(Fonte: Bienal do Livro)
A historiadora carioca Mary Del Priore tem uma profícua carreira documentando elementos da História do Brasil, sobretudo na parte que tange às mulheres. Ela é professora aposentada da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/Rio).
Del Priore é especialista em História do Brasil Colonial e já ganhou vários prêmios por suas obras, incluindo o prestigiado Jabuti. Ela é a autora de mais de 40 livros, dentre eles História da Criança no Brasil, Histórias Íntimas. Sexualidade e Erotismo na História do Brasil e Histórias da Gente Brasileira — este último, publicado em quatro volumes.
(Fonte: Todo Estudo)
Gilberto Freyre foi um dos maiores historiadores e sociólogos do Brasil. Ele construiu uma densa obra dedicada a compreender como as relações sociais do período colonial contribuíram para a formação do povo brasileiro. Com o pensamento de Freyre, pela primeira vez, um estudioso levantava a teoria de que a miscigenação típica do Brasil tornou o povo melhor e mais forte — indo em oposição às ideias eugenistas que circulavam nos séculos XIX e XX.
Seu principal livro é Casa-Grande & Senzala, publicado em 1933 e que obteve renome internacional. Gilberto Freyre foi condecorado com o título de doutor honoris causa pelas universidades de Pernambuco, Rio de Janeiro, Coimbra (Portugal), Paris (França), Sussex e Oxford (Inglaterra) e Münster (Alemanha).
(Fonte: Boitempo)
O historiador e político paulista Caio Prado Jr. foi um dos grandes intelectuais brasileiros. Era um polímata, ou seja, seu conhecimento não ficava restrito a uma única área. Ele ainda participou da chamada Revolução de 1930, que daria fim à República Velha e levaria Getúlio Vargas à presidência.
Nos anos seguintes, participou da Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma frente de resistência contra o fascismo e a corrente integralista conservadora que se levantava no Brasil. Prado escreveu 17 livros — dentre eles, estão Formação do Brasil Contemporâneo e História Econômica do Brasil.
(Fonte: Revista Educação)
Lilia Schwarcz é uma das historiadoras e antropólogas contemporâneas mais relevantes no Brasil. Ela é professora titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, e também é uma das fundadoras da editora Companhia das Letras.
Dentre os seus temas de pesquisa, estão a História do Brasil Colonial, as questões raciais e as raízes do autoritarismo. É autora de cerca de 20 obras. Entre elas, estão O Espetáculo das Raças. Cientistas, Instituições e Pensamento Racial no Brasil: 1870-1930, Retrato em Branco e Negro: Jornais, Escravos e Cidadãos em São Paulo no Fim do Século XIX e Brasil: Uma Biografia.