Artes/cultura
27/08/2022 às 09:00•2 min de leitura
O monge Grigori Rasputin é uma verdadeira lenda russa. O místico ficou conhecido por ter exercido enorme influência sobre a corte de São Petersburgo, onde se tornou uma espécie de conselheiro da czarina Alexandra Feodorovna, esposa do czar Nicolau II.
Mas a história mais polêmica e maluca em torno de Rasputin se estendeu para além da sua vida. Parte do seu mito envolve também seu pênis — ou melhor, o que teria acontecido com ele depois que Rasputin foi assassinado em 1916.
(Fonte: Ardina na Rede)
Nascido na Sibéria, Grigori Rasputin era filho de camponeses pobres, e ganhou logo na infância o apelido de "Rasputin, o Depravado". Ao crescer, foi considerado monge, embora nunca tenha sido ordenado por nenhuma igreja. Ele formou a sua própria seita e adquiriu uma certa fama por seu suposto poder de curar doenças.
Após se tornar andarilho, acabou indo em 1905 para São Petersburgo. Lá, teve a oportunidade de conhecer a família real. Depois desse primeiro encontro, o jovem Aleksei, herdeiro do czar Nicolau II, que era hemofílico, teve uma leve melhora. Por conta disso, a czarina Alexandra Feodorovna passou a reverenciá-lo.
Ela trouxe Rasputin para dentro da corte para suprir a falta de autoridades religiosas no palácio. Mas o místico era um homem rude e prevaricador, e mantinha, fora do palácio, uma vida devassa. A czarina, no entanto, encobria seus feitos escandalosos e afastava da corte seus denunciantes.
Havia, inclusive, rumores de que Rasputin participava de uma seita chamada khlysts, que acreditava que uma pessoa só estaria próxima de Deus se atingisse um estado de exaustão sexual.
Quando o czar se afastou para comandar as tropas russas na Primeira Guerra Mundial, a czarina Alexandra manteve Rasputin próximo a ela, como seu conselheiro. No entanto, uma conspiração organizada por políticos e religiosos foi armada para conseguir matá-lo. Ele foi baleado várias vezes jogado nas águas do rio Neva, onde morreu afogado.
(Fonte: Aventuras na História)
Uma das lendas que ainda circula sobre Grigori Rasputin diz respeito ao seu pênis, que teria sido cortado após seu assassinato e colocado dentro de um frasco, exposto em um museu de São Petersburgo.
De acordo com um boato, o membro teria sido quebrado e dividido entre seus vários devotos. Já outros acreditam que se criou um culto de adoração em torno do órgão, na crença de que ele traria fertilidade.
Os relatos sobre esta suposta decepação do pênis do místico começaram a surgir na década de 1920, quando um grupo de imigrantes russos afirmou ter a posse de uma relíquia religiosa. A notícia teria chegado até Maria, filha de Rasputin, que teria recuperado o pênis. Obviamente, nada sobre essa história foi comprovado.
Já em 2004, o Museu Erótico de São Peterbusgo alegou ter pago US$ 8 mil pelo pênis, que é bastante grande e parece improvável que seja um órgão humano. Algumas especialistas alegam que aquele provavelmente é o pênis de um cavalo ou de um boi colocado lá para atrair curiosos.
Mas a verdade é que a história real é bem menos interessante que os mitos. Em 1917, um legista chamado Dmitry Kosorotov realizou uma autópsia completa no corpo do místico e afirmou que seu pênis estava intacto. Por isso, o mais provável é que todos os rumores em torno da genitália do monge sejam apenas fraudes criadas para manter a curiosidade em torno de sua figura.