As 5 pessoas que receberam o Prêmio Nobel duas vezes

15/10/2022 às 10:002 min de leitura

Quando Alfred Nobel deixou mais de 90% de sua fortuna para a Real Academia Sueca das Ciências, o químico e empresário desejava recompensar de alguma maneira os horrores causados por uma de suas invenções, a dinamite.

Ao longo dos mais de 100 anos do Prêmio Nobel, poucas vezes uma mesma pessoa teve a honra de ser vencedor múltiplas vezes. Para ser mais preciso, o fato ocorreu apenas em cinco ocasiões, em um universo de mais de 900 premiados. Conheça quem foram as pessoas e saiba em quais categorias ganharam.

1. Marie Curie

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Marie Curie é uma das maiores cientistas de todos os tempos. Essa afirmação é tão verdadeira que o próprio Prêmio Nobel concordou, tornando-a a primeira pessoa a vencer duas vezes a honraria – e única mulher de nossa lista. Todos os elogios são poucos para a cientista que entrou para a história como a "mãe da física moderna".

A primeira vitória de Curie foi o Prêmio Nobel de Física, em 1903, dividido com o marido, Pierre Curie, e o físico francês Antoine Henri Becquerel, resultado do trabalho do trio com radiação espontânea. Em 1911, tornou a vencer, dessa vez em Química, por seu trabalho com radioatividade.

2. John Bardeen

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Físico e engenheiro norte-americano, John Bardeen foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física duas vezes, o único cientista a ter conseguido este feito. A primeiro vitória veio em 1956, ao lado de William Shockley e Walter Brattain, por inventarem o transistor.

Já a segunda vez, em 1972, esteve ao lado de Leon Cooper e John Robert Schrieffer, quando venceram por desenvolver a teoria quântica da supercondutividade, conhecida como BCS. O cientista faleceu em 1991, aos 83 anos de idade.

3. Linus Carl Pauling

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Linus Carl Pauling merece grande destaque nesta lista. A primeira vitória do químico norte-americano ocorreu em 1954, em Química, pela pesquisa sobre ligações químicas, tornando-se pioneiro no uso da mecânica quântica para entender como átomos se unem para criar moléculas.

Oito anos depois, em 1962, venceu o Nobel da Paz por sua luta contra os testes nucleares. É, até hoje, o único a ganhar duas vezes sem compartilhar o prêmio. Ele faleceu em 1994, aos 93 anos.

4. Frederick Sanger

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Morto em 2013, aos 95 anos, o bioquímico inglês Frederick Sanger é outro cientista a integrar a lista de vencedores em mais de uma ocasião. Em 1958, Sanger venceu o Prêmio Nobel de Química por seu trabalho envolvendo a estrutura das proteínas.

Já em 1980, o bioquímico levou outro Nobel de Química, dessa vez em conjunto com Paul Berg e Walter Gilbert. A honraria foi dada em virtude do desenvolvimento de uma técnica de sequenciamento do DNA, utilizada até os dias atuais.

5. Barry Sharpless

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Essa lista foi motivada pelo seu quinto componente, Barry Sharpless, químico norte-americano que recebeu este ano seu segundo Prêmio Nobel de Química. Sharpless já havia sido agraciado em 2001 com o Nobel por seu trabalho com teorização e execução de métodos para moléculas se ligarem umas às outras.

Esse ano, o Nobel foi entregue ao químico pela comprovação da teoria que ele mesmo propôs há 21 anos. Ele liderou um grupo que provou que sua teoria da "química do clique", segundo a qual uma molécula pode se unir a outra através de um processo de catalisação.

Atualmente, Sharpless é professor no Instituto Scripps, instituição de pesquisa médica norte-americana sem fins lucrativos, cuja área de pesquisa é centrada nas ciências biomédicas. Além dele, outros dois vencedores do prêmio trabalham como docentes na instituição.

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