Fora da China: 5 países para os quais as fábricas estão se mudando

05/01/2023 às 06:302 min de leitura

A China pode perder o status de maior fornecedora da cadeia de suprimentos global em breve, posto que tem ocupado ao longo das últimas quatro décadas. De acordo com relatório divulgado pelo Business Insider, as dificuldades impostas pela alta de casos de covid-19 no gigante asiático estão acelerando o processo.

Os problemas começaram bem antes da pandemia, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou uma guerra comercial contra o país, levando alguns investidores a se retirar do território chinês. A situação piorou com os bloqueios relacionados ao novo coronavírus, causando a escassez de chips e afetando a indústria mundial.

Para proteger seus negócios, muitas empresas estão abandonando a China e instalando suas fábricas em outros territórios. Conheça, a seguir, cinco países para onde as cadeias de suprimento estão se mudando.

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1. Tailândia

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Segunda maior economia do sudeste asiático, o país tem atraído corporações de segmentos como autopeças, veículos e eletrônicos. Sony e Sharp são algumas das marcas que já estão por lá, a primeira desde 2019, quando retirou a produção de smartphones de Pequim.

Os investimentos estrangeiros na Tailândia triplicaram entre 2020 e 2021, após a chegada até mesmo de algumas indústrias chinesas em busca de custos mais baixos, como a JinkoSolar, que produz painéis solares.

2. Malásia

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Outro destino dos fornecedores de chips e demais suprimentos que estão deixando a China, a Malásia atraiu mais de 30 projetos desde 2018, especialmente na área de tecnologia. Custos trabalhistas mais baixos e a tensão comercial entre EUA e China foram os principais motivadores.

Entre as empresas que chegaram, vale destacar as americanas Micron, fabricante de processadores e outros produtos de informática, e Jabil, que atende clientes como Apple, Dell e HP, entre outras grandes marcas.

3. Vietnã

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

O país que passou por uma grande reforma econômica nos anos 1980 se tornou um dos destinos mais procurados pelos fornecedores. Somente em 2021, foram mais de US$ 31 bilhões em promessas de investimentos estrangeiros, a maior parte nos setores de manufatura e processamento.

A fabricação de roupas, calçados, eletrodomésticos e eletrônicos é o ponto forte da cadeia de suprimentos do Vietnã. A Apple transferiu parte da produção do iPhone para lá e pensa em levar também a montagem do MacBook.

4. Bangladesh

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Segundo maior exportador de vestuário do mundo, Bangladesh tem chamado a atenção das indústrias do setor. Um dos atrativos é o salário médio dos trabalhadores locais, quase cinco vezes menor do que o recebido pelos funcionários das indústrias chinesas, diminuindo os custos.

Forte na área de fabricação de roupas, o país agora quer expandir suas ações para mais segmentos. Uma das ideias é atrair investimentos para cadeias de produção que atendem às indústrias agrícola e farmacêutica.

5. Índia

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Diante da enorme quantidade de mão de obra disponível, o mercado indiano é a principal alternativa para as marcas que querem deixar a China. Aliado a isso, o governo local tem desenvolvido políticas para facilitar a chegada dos investimentos do exterior, saindo na frente da concorrência.

A Índia já recebe, por exemplo, parte da produção do iPhone, e a tendência é de que a Apple esteja ainda mais presente no território indiano nos próximos anos, com cerca de 25% dos iPhones vendidos globalmente saindo de lá. O iPad é outro dispositivo da Maçã que também deve começar a ser produzido em fábricas indianas.

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