Ciência
08/02/2023 às 09:30•2 min de leitura
A história das mulheres que estiveram à frente do poder é sempre fascinante. Afinal, por muito tempo, era muito difícil que uma mulher atingisse postos altos a ponto de liderar um grande grupo ou mesmo governar uma nação. Neste texto, fazemos justiça à vida de quatro dessas guerreiras.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A italiana Caterina Sforza foi uma das mulheres mais corajosas do século XV. Vivendo na época renascentista, ela conviveu com mestres como Sandro Botticelli e Leonardo Da Vinci, aprendendo sobre medicina e botânica. Mas, com o tempo, acabou se envolvendo com a disputa pelo poder.
Caterina se casou aos 14 anos com Girolamo Riario, que era sobrinho do Papa Sisto IV. Com isso, ela se tornou Condessa de Forli em 1477. Ocorre que, quando o papa morreu, em 1484, Caterina resolveu pressionar o clero para que escolhessem um novo papa entre os membros de sua família.
Assim, ela cavalgou, grávida, até Roma, para tentar se apossar da fortaleza do Castel Sant'Angelo. Quando os cardeais da igreja tentaram impedir sua passagem, ela apontou seus canhões diretamente para eles.
Mais tarde, ela e o marido se mudaram para Forli, onde permaneceram escondidos. Lá, sofreram um ataque em seu castelo e seu marido, Girolamo, foi assassinado, e seus filhos foram capturados. Mas Caterina teria escapado e deixado os filhos para trás sem remorso. Ela inclusive zombou dos inimigos mostrando a genitália e dizendo que sempre poderia ter mais filhos!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Hatshepsut foi uma das raras mulheres egípcias que conseguiram se tornar faraós. Sua história no poder se iniciou quando ela casou com o faraó Tutmés II. Contudo, quando ele morreu, o poder deveria ser direcionado para seu enteado, Thutmose III, que era então menor de idade. Com isso, Hatshepsut conseguiu se autodeclarar faraó.
Os historiadores acreditam que a atitude foi um movimento para impedir que outros membros de sua família ameaçassem tomar o poder. No entanto, Hatshepsut se destacou no seu reinado por estabelecer alianças com outras nações através do comércio e priorizar as práticas diplomáticas ao invés da guerra.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Livia Drusila foi a primeira imperatriz de Roma, por ser casada com o imperador Augusto, a quem dava muitos conselhos. Sua história nos narra a vida de uma mulher que teve muito poder em Roma, ao mesmo tempo em que teve o cuidado de não ofuscar o marido.
É tido que Livia governava ao lado de Augusto e tinha muita liberdade para dar suas opiniões. Por ser imperatriz, também desfrutava de muitas vantagens: tinha independência e até possuía imóveis no Monte Palatino. Ela também assegurou que Tibério, seu filho de um casamento anterior, tivesse prioridade e assumisse o poder, ao invés dos netos de Augusto.
Mas a imperatriz também foi perseguida por rumores de sua suposta maldade: Livia Drusila foi acusada de matar os netos de Augusto para abrir o caminho do governo para o seu filho.
(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)
Cleópatra VII Filopátor foi a última governante egípcia antes da ocupação romana, ocorrida em 30 a.C. Na verdade, ela era co-regente do país, mas acabou dominando o governo do Egito por conta de suas habilidades: sabia falar várias línguas e mantinha relações diplomáticas com outros povos, além de ser uma ótima líder militar.
Durante sua regência, Cleópatra construiu alianças com líderes romanos, como Júlio César e Marco Antônio (com este último, teve filhos), além de organizar batalhas militares romanas em troca da devolução de territórios egípcios. Não por acaso, ela é lembrada até hoje como uma das grandes mulheres da história.