Artes/cultura
04/05/2023 às 12:00•2 min de leitura
A história da rainha Zenóbia é uma das mais fascinantes da Antiguidade. Em uma época em que o Império Romano enfrentava crises políticas e econômicas, ela viu uma oportunidade de construir seu próprio império e se tornou uma das mais habilidosas estrategistas militares da história. Conheça mais agora!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Zenóbia nasceu em uma família de origem árabe e estudou filosofia, política e estratégia, tornando-se fluente em várias línguas, como grego, sírio, egípcio e latim. Quando se casou com Odenato, um árabe romanizado que governava a cidade de Palmira, localizada a cerca de 200 km de Damasco, atual Síria, ela assumiu um papel de destaque na região.
Odaenathus defendeu Palmira dos persas com sucesso após a humilhante derrota do imperador romano Valeriano. Sua intenção era se estabelecer como "monarca do Oriente", título que lhe foi concedido por Roma. Porém, suas ambições foram frustradas por uma intriga palaciana em 267 e ele foi assassinado por um parente. Depois de sua morte, quem assumiu como regente foi Zenóbia.
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Então, Zenóbia executou os responsáveis pela morte de seu marido e começou a acabar com a ficção de que Palmira e seus domínios eram submissos ao Império Romano. Aproveitando o momento de fraqueza do Império Romano, que vinha de derrotas em conflitos e trocas de imperadores, ela iniciou a ruptura com Roma.
Com astúcia e seus sábios conselheiros, Zenóbia manteve os persas afastados a leste e anexou vários estados vizinhos, incluindo toda a Síria e a maior parte da Anatólia. Sua ambição era fazer de Palmira uma nova Roma.
Depois de conquistar territórios vizinhos, a rainha partiu em uma empreitada ainda mais ambiciosa. Em 269 d.C., Zenóbia enviou suas forças ao Egito e tomou Alexandria. Em 270 d.C., ela assumiu o controle de todo o Egito, além da riqueza e os grãos que fornecia a Roma. Com suas conquistas, seu império parecia imparável.
(Fonte: Getty Images)
A ascensão de Aureliano ao trono de Roma em 270 d.C. frustrou as ambições de Zenóbia de expandir seu império. Ele lançou uma campanha para retomar os territórios que ela havia conquistado, forçando a imperatriz a se refugiar na cidade fortificada de Palmira. No entanto, Aureliano não desistiu e cercou a cidade, cortando a entrada de suprimentos. Zenóbia e seu filho tentaram fugir, mas foram capturados em 272 d.C. e levados para Roma como prisioneiros.
O destino dela após sua captura é incerto. Algumas fontes afirmam que ela foi exilada em Tibur, onde viveu uma vida luxuosa como filósofa, enquanto outras afirmam que ela foi levada pelas ruas de Roma antes de ser executada.