Mosaicos de Penrose: conheça o padrão visto por toda a história humana

27/08/2023 às 06:002 min de leitura

Em 1973, o físico e matemático britânico Roger Penrose criou uma teoria sobre os "Mosaicos de Penrose", duas formas que criam um padrão sem fim e sem repetição quando colocadas juntas. De acordo com o pesquisador, tal desenho não apenas era bonito, como também desafiava algumas das ideias convencionais sobre simetria e periodicidade.

Embora essa tenha sido uma teoria criada por Penrose para ser algo inovador em diversos aspectos, os cientistas foram pegos de surpresa quando descobriram que esse tipo de desenho já existia no mundo há muitas gerações.

Mosaicos históricos

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Em 2007, o físico Peter Lu, da Universidade de Harvard, publicou um estudo a respeito de uma visita ao Uzbequistão. Na ocasião, Lu se deparou com um edifício do século XV d.C. lindamente decorado com azulejos intrincados. Segundo o pesquisador, esse era um claro exemplo dos famosos Mosaicos de Penrose — mas quase 500 anos antes de Roger Penrose sequer existir.

"Pode ser a prova de um papel importante da matemática na arte islâmica medieval ou pode ter sido apenas uma maneira de os artesãos construírem sua arte com mais facilidade", pontuou Lu a respeito de sua descoberta. Na visão do pesquisador, existe uma grande chance de culturas que muitas vezes não damos "crédito suficiente" terem sido bem mais avançadas do que imaginávamos.

Porém, esse é um problema científico que vai além. Durante um TED Talk apresentado em 2022, o palestrante Terry Moore explicou que padrões de repetições semelhantes ao Mosaico de Penrose podem ser observados em diferentes culturas ao redor do mundo inteiro, desde a arquitetura do Egito e da Grécia Antiga até as obras de arte feitas por astecas ou aborígenes australianos.

Padrões pelo mundo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Embora, seja errado chamar todos esses padrões geográficos de "Mosaicos de Penrose", cientificamente falando, pesquisadores como Moore sugerem que eles carregam fortes semelhanças estéticas. Além disso, é bem provável que todos eles tentem expressar a mesma coisa: a bela complexidade da vida humana e a estrutura oculta que sustenta nossas vidas.

Enquanto algumas pessoas podem enxergar essa estrutura oculta como um "deus" ou um "ser místico do Universo", esse aspecto também é interpretado pela ciência como o "continuum estético indiferenciado". E o que isso quer dizer? Significa que, independente da forma como enxergamos a profundidade da vida, tais padrões mostram como a imaginação humana está interligada por milhares e milhares de anos.

“Quando vemos esses designs maravilhosos criados por culturas separadas da nossa por milhares de quilômetros ou milhares de anos, podemos saber que não são decorações. São declarações sobre os valores fundamentais que a cultura tinha”, conclui Moore. 

Dessa forma, independente do período histórico em que essas figuras foram encontradas, elas são um claro exemplo de que o ser humano sempre tentou deixar uma marca de sua passagem pelo planeta. 

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