Artes/cultura
26/08/2023 às 08:00•2 min de leitura
Marco Polo foi um mercador e explorador de Veneza que desbravou a Ásia Central e a China no século XIII, uma época em que esse território ainda era desconhecido pelos europeus. Suas aventuras foram registradas em As Viagens de Marco Polo, obra em que conta o que viu nestes países.
O livro se tornou extremamente influente e ficou conhecido como a primeira vez que a Europa pôde descobrir um pouco sobre as histórias da Ásia, incluindo as que se passavam na corte do imperador mongol Kublai Khan. Neste texto, trazemos quatro coisas que talvez você não sabe sobre este importante explorador.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Diferente do que muita gente pensa, Marco Polo não foi o primeiro europeu a visitar a China. Antes do famoso viajante, Niccolo e Maffeo Polo, que eram seu pai e o seu tio, já tinham ido para lá e até se encontrado com Kublai Khan.
Marco Polo, de certa forma, deu sequência à aventura que havia sido iniciada pelos seus parentes. Niccolo e Maffeo haviam estabelecido uma amizade com o imperador mongol e compartilhado com eles informações sobre o cristianismo e sobre o poder da igreja em Roma. Curioso, Kublai Khan teria solicitado que os viajantes levassem 100 homens cristãos até lá para ensiná-los sobre a religião.
Niccolò e Maffeo retornaram à Europa, apanharam Marco Polo e voltaram com ele para a Ásia, mas não levaram junto os 100 cristãos.
(Fonte: Getty Images)
Há uma crença comum de que Marco Polo teria sido o responsável por levar o macarrão para a Itália, após conhecer o alimento na Ásia. Isso não é verdade, contudo, o viajante conheceu várias comidas interessantes nas suas expedições, incluindo especiarias como o gengibre.
Nos seus relatos, ele ainda descreveu um milkshake rudimentar: os mongóis secavam o leite, transformando-no em um pó, antes de sair para viagens a cavalo. Depois, eles adicionavam água, transformando a mistura em uma espécie de calda.
(Fonte: Getty Images)
Durante o século XIII, os europeus acreditavam que os unicórnios eram cavalos com chifres que poderiam ser domados com a ajuda de uma jovem donzela. Os relatos descritos nas viagens de Marco Polo afirmavam que o unicórnio não era essa criatura bela e serena. Na verdade, ele seria feio, perigoso, com pelos de búfalo, pés de elefante e um chifre preto no meio da testa.
O explorador ainda informou aos seus leitores que o animal gostava de rolar na lama e atacar as pessoas. Os historiadores afirmam que, na verdade, Marco Polo estava descrevendo rinocerontes.
(Fonte: Getty Images)
Ao longo de seu livro, Marco Polo fala sobre vários encontros com mágicos e feiticeiros. Na corte de Kublai Khan, ele teria conhecido astrólogos capazes de controlar o clima e mágicos que faziam jarras de vinho levitarem.
É possível que ele tenha sido influenciado pelo seu próprio tempo, já que, nesta época, quase todo mundo acreditava em histórias sobrenaturais. Só que, na sua famosa obra, Marco Polo relata alguns mitos como se fossem fatos incontestáveis. Ele afirma que espíritos malignos viviam no deserto de Gobi, torturando os viajantes que passavam e chamando seus nomes para confundi-los e fazer com que perdessem seu rumo.
Os estudiosos sugerem que ele provavelmente estava relatando os fenômenos de eco e assobios causados pela ação do vento nas areias do deserto.