Estilo de vida
29/01/2019 às 05:01•1 min de leitura
Um grupo de pesquisadores resolveu perfurar um poço profundo em uma folha de gelo e acabaram atingindo o Lago Mercer, uma reserva subglacial de água. Por lá, além de uma quantidade impressionante de bactérias, eles também acharam restos mortais de alguns animais — incluindo pequenos crustáceos e tardígrados (criaturas microscópicas também conhecidas como ursos-d’água). Algas e fungos também foram identificados, e o mais bacana de tudo é que os exploradores gravaram um vídeo bem bacana do poço.
As carcaças encontradas foram uma surpresa tão grande que a equipe chegou a se preocupar que eles, de alguma forma, tenham contaminado esses restos mortais. Afinal, os planos dos pesquisadores são promissores: eles pretendem estudar algumas amostras coletadas para tentar estabelecer a idade das formas de vida via datação por radiocarbono e sequenciar o máximo de DNA que for possível. Essas informações podem nos dar mais pistas de onde esses organismos vieram
Teriam eles vividos na água do mar, na água doce ou na terra? Eles viveram no subterrâneo ou morreram imediatamente assim que caíram no lago? Embora seja pouco provável que os organismos tenham sobrevivido a tais condições, o mesmo não pode ser dito das bactérias — foram encontradas 10 mil células bacterianas por milímetro de água nas amostras. O número é pequeno comparado com a água do oceano (1%), mas é bem interessante se levarmos em conta as duras condições de vida que elas enfrentaram.
É interessante comentar que esta é a segunda vez que pesquisadores exploram um lago subglacial na Antártida — acredita-se que possam existir centenas ou até mesmo milhares de lagos parecidos escondidos nas folhas de gelo.