Artes/cultura
25/07/2018 às 13:00•2 min de leitura
O Sudário de Turim, também muito conhecido por Santo Sudário, é um tecido de linho com manchas que lembrariam as deixadas por alguém que fora crucificado e depois coberto com o tecido. O Sudário é conhecido pelo mundo há séculos, e muitos cristãos acreditam que nele esteja gravada a imagem de Cristo, especialmente após ter sido revelado um negativo fotográfico da peça, o que deixa a imagem muito mais nítida.
Como acontece com muitas peças da Antiguidade, o Sudário tem tido sua autenticidade verificada constantemente há muito tempo. No geral, o que pesquisadores fizeram durante anos de estudo foi avaliar os materiais e a idade do tecido; embora datações por radiocarbono mostrem que o material possa ter sido feito entre a época de Jesus e a Idade Média, outros fatores, como a pigmentação (que determinariam se as manchas eram mesmo sangue ou outro material), foram inconclusivos. Resumindo: ele é realmente muito antigo, mas ninguém tinha conseguido provar se era verdadeiro ou falso.
Após tantos resultados inconclusivos, dois pesquisadores — o antropólogo forense Matteo Borrini e o químico orgânico Luigi Garlaschelli — decidiram empregar uma abordagem diferente: analisar o padrão das manchas de sangue, para que ângulos elas iam e com que intensidade.
Para fazer os testes, eles usaram uma pessoa viva e um manequim, assim como sangue humano e sintético. Depois, estudaram o fluxo de saída do sangue em tecidos do mesmo tipo, nas mais diversas posições, e seguindo as mesmas feridas que estariam impressas no Sudário.
Esse estudo lhes permitiu cobrir o máximo de probabilidades possíveis; afinal, não havia como saber se a pessoa foi envolvida no tecido em uma posição vertical ou horizontal, nem o estado das feridas no momento em que isso ocorreu, por exemplo.
De acordo com o Science Alert, os pesquisadores descobriram que o Sudário estava uma verdadeira bagunça. Certas manchas têm ângulos completamente opostos, por exemplo, e algumas foram simplesmente impossíveis de replicar. Para os cientistas, ainda que as marcas no linho sejam de fato sangue, elas não são consistentes nem parecem realistas.
Para Matteo e Luigi, é mais provável que o Sudário tenha sido alguma representação artística da Idade Média, utilizada pela Igreja para fins didáticos.
Apesar dos resultados obtidos pelos pesquisadores, eles ainda não conseguiram descobrir como foi feito o Sudário nem qual foi exatamente a função dessa peça história tão importante. Talvez leve algum tempo até que o item seja completamente desvendado. Até lá, ele continuará sendo esse mistério.
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