Unicórnio de Magdeburgo: qual é a história por trás desse mistério científico?

Na Alemanha do século 17, a ciência ainda tentava entender o mundo. Em meio a fósseis e teorias ousadas, surgiu uma das histórias mais peculiares da paleontologia: a do “Unicórnio de Magdeburgo.” O fóssil, montado a partir dos ossos de um rinoceronte-lanudo, mais parece o trabalho de um escultor desajeitado do que o de um cientista.

O resultado foi uma criatura que desafia a lógica, mas ganhou fama. Hoje, esse “unicórnio” é motivo de risos e fascínio. Mas como isso aconteceu? E como a história continua relevante atualmente?

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Uma criação do século 17

A história começa em 1663, quando ossos de um rinoceronte-lanudo foram encontrados na região de Seweckenberge, na Alemanha. Esse animal extinto, típico da Era do Gelo, ainda era desconhecido pela ciência da época. O naturalista Otto von Guericke, ao tentar reconstruir os fósseis, chegou à conclusão mais “óbvia” possível: ele estava lidando com um unicórnio.

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A montagem final incluiu uma cabeça desproporcional e um chifre espetado na testa, criando uma figura que desafia qualquer noção de realismo. A ideia ganhou força quando o filósofo Gottfried Leibniz mencionou o fóssil em seu livro Protogaea. Ele descreveu a montagem como uma prova de que os unicórnios poderiam ter existido.

Apesar de parecer absurdo hoje, na época, a teoria foi levada a sério por alguns. Afinal, a ciência ainda estava dando seus primeiros passos, e o entusiasmo por criaturas míticas era grande.

De erro científico a ícone cultural

Séculos depois, o “Unicórnio de Magdeburgo” continua chamando atenção. Em 2024, um post sobre o fóssil viralizou no Reddit, acumulando milhares de curtidas em poucos dias. O fóssil virou um símbolo não só dos erros científicos do passado, mas também da criatividade – ou falta dela – de seus criadores.

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Hoje, o “unicórnio” está exposto no Museu de História Natural de Magdeburgo e atrai turistas curiosos. A cidade também promove outras atrações, como o mosteiro Kloster Unserer Lieben Frauen, agora um importante museu de arte moderna. A combinação de ciência e cultura faz de Magdeburgo um destino imperdível.

Mais do que um simples erro, o fóssil é um lembrete de como a ciência evolui. Mesmo os equívocos do passado podem ser transformados em aprendizado – e, às vezes, em boas risadas.