Artes/cultura
20/08/2018 às 06:14•2 min de leitura
Se há uma coisa que faltam por aí são teorias sobre quem realmente foi “Jack, o Estripador”, o sanguinário assassino responsável pela morte de — pelo menos — 5 mulheres na Inglaterra do final do século 19. A identidade do serial killer jamais foi confirmada, como você deve saber, e vira e mexe surgem novas hipóteses sobre quem ele poderia ter sido, e uma delas sugere que Jack seria, na verdade, Jackie.
Essa teoria, na verdade, não é o que podemos chamar de inédita, uma vez que inclusive existe um livro que explora essa possibilidade — “Jack the Ripper: The Hand of a Woman” ou “Jack, o Estripador: A Mão de uma Mulher” em tradução livre, do autor John Morris. No entanto, como o suposto autor dos crimes assinava as cartas que enviava às autoridades com uma alcunha masculina, a ideia de que o serial killer podia ser uma mulher nunca foi muito investigada.
Ilustração mostrando uma das vítimas de Jack — ou "Jackie" (Strawberry Tours)
Entretanto, de acordo com Paul Seaburn, do site Mysterious Universe, quando a última vítima confirmada de Jack foi descoberta, Mary Jane Kelly, algumas testemunhas afirmaram ter visto alguém fugir da cena do crime usando as roupas da pobre mulher — e foi daí que surgiu a teoria de que o assassino pudesse ser uma assassina.
Outro fator apresentado para apoiar essa possibilidade é o fato de o serial killer ter removido o útero de quatro das 5 vítimas conhecidas, e aparentemente ter tentado extrair o da última delas. Aliás, por conta dos ferimentos brutais, mas precisos, identificados nas mulheres — todas prostitutas que trabalhavam na região de Whitechapel —, uma suspeita forte era a de a pessoa por trás dos crimes tivesse conhecimentos de anatomia.
Segundo Paul, o autor do livro que defende que o assassino pode ter sido uma mulher acredita que as evidências sugerem que o responsável dos crimes, em vez de ser médico, poderia ser o assistente de um. Assim, para Morris, uma candidata a “Jackie, a Estripadora” seria Lizzie Williams, a esposa de um doutor local chamado Sir John Williams — que auxiliava o marido com seus pacientes.
Será que o assassino pode mesmo ter sido uma mulher? (Public Radio International)
O médico, conforme aponta Morris em seu livro, chegou a ser considerado como suspeito brevemente e investigado, enquanto sua esposa, Lizzie, não. Entretanto, segundo teoriza o autor, ela era incapaz de ter filhos e pode ter começado a canalizar a sua imensa frustração na forma de um ódio insano pelas prostitutas.
De acordo com o escritor, um aspecto interessante sobre os crimes é que nenhuma das vítimas parece ter sofrido abuso sexual, algo, que, na concepção de Morris, deveria ter acontecido, considerando quem eram as mulheres e a natureza dos crimes. No fim, Lizzie nem sequer foi interrogada, mas, em 1888, ano em que o último cadáver foi encontrado, a esposa do médico sofreu um ataque de nervos e morreu em 1912.
Essa seria Lizzie Williams (Xman)
O curioso, conforme apontou Paul, do Mysterious Universe, é que o pessoal da “The London Dungeon” — uma popular atração de Londres que recria momentos sangrentos do passado de Londres com a ajuda de cenários superelaborados e a participação de atores — decidiu lançar uma apresentação especial em que explora a tese de Morris. E você caro leitor, já conhecia essa teoria? Acredita que faz sentido? Conte aí nos comentários!
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