Estilo de vida
10/12/2019 às 15:00•2 min de leitura
Nem todos os planos de Jack O Estripador saíram como planejado, é o que relata uma matéria publicada no All That's Interesting. O caso da vítima que "escapou" das crueldades do mutilador de Whitechapel é bastante curioso e circunstancial, revelando a grande (e talvez a maior) ponta solta na fria metodologia do serial killer. Conheça, então, Elizabeth Stride.
Elizabeth, nascida na Suécia em 27 de novembro de 1843, era conhecida popularmente como Long Liz, ganhou a vida como empregada doméstica e garota de programa, mesmo tendo fundos financeiros para buscar outras oportunidades mais promissoras. Já na Inglaterra, viveu anos complicados com seu esposo, John Stride, até uma iminente separação, o que fez a jovem tornar a frequentar as ruas, agora já no condado de Whitechapel, dormindo em apartamentos de vários homens durante seus últimos meses de vida.
No dia de sua morte, Elizabeth estava alojada em uma casa entre a 32 Flower e a Dean Street, se arrumando para uma noite de diversão, a fim de ganhar um dinheiro nas ruas próximas. Suas caminhadas fugazes e movimentações passaram despercebidas por muitos, mas não pelos olhares curiosos de alguns traseuntes que viam, constantemente, a moça acompanhada de um rapaz baixo.
Apesar dos alertas e da situação de risco com um assassino a solta, a moça continuava à procura de um local íntimo, até que o cidadão Israel Schwartz escutou seus gritos pela última vez.
Segundo relatos, um homem parou e conversou com Elizabeth próximo à Berner Street e a levou para uma rua escura. Lá, invisível por todos, foi encontrada morta no dia seguinte e levada para exumação. Porém, o Dr. George Phillips, que já trabalhou em outro caso de Jack O Estripador, percebeu que Elizabeth não foi morta por seus métodos e sugeriu que o assassino ficou assustado com a movimentação na rua, tendo que interromper a morte lenta de Stride e indo à caçada de uma outra vítima em sequência.
A suspeita comprovou-se depois, em um bilhete escrito pelo próprio Estripador, relatando que "não pude terminar direito", afirmando que Elizabeth, a vítima número um da noite, "gritou um pouco" e que a próxima vez seria um "evento duplo".
Elizabeth faleceu em 30 de setembro de 1888.