Artes/cultura
06/06/2021 às 07:00•2 min de leitura
Desde a década de 1970 que os hidrofones da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) têm captado sons curiosos a milhares de quilômetros de profundidade no mar. Os anos e a modernidade não serviram para trazer uma explicação ou determinar a origem deles, apenas fomentar com mais teorias e lendas sobre seu significado.
Em 1977, os aparelhos da NOAA captaram o Bloop, o sol mais alto já registrado na costa sul da América do Sul, gravado por dois hidrofones a aproximadamente 4.800 quilômetros de profundidade.
A princípio, os cientistas imaginaram que o Bloop poderia repercutir de alguma maneira o som de animais marinhos, porém o seu volume é muito grande para ser feito por qualquer criatura aquática conhecia pela atual ciência.
Para a NOAA, a explicação mais provável é de que o som tenha sido de um grande iceberg quebrando, uma vez que há registros de um bloco de gelo no Mar da Escócia em 1997. De acordo com os estudiosos, o iceberg provavelmente deveria estar flutuando entre o estreito de Bransfield e o Mar de Rosas na Antártica, ou talvez no Cabo Adare.
O som surgiu em agosto de 1991, quando o Laboratório Ambiental Marinho do Pacífico começou a gravar com seu Sistema de Vigilância de Som (SOSUS). O som lembra um arranhão de galhos contra uma parede com uma longa sequência de sons ascendentes com vários segundos de duração cada. O nível de vibração é alto o suficiente para ser registrado em todo o Pacífico.
O som apresenta picos durante a primavera e o outono, por isso a NOAA acredita que ele seja sazonal. Especula-se que o som seja o eco de uma atividade vulcânica, pois está localizado entre a Nova Zelândia e a América do Sul. No entanto, os cientistas ainda precisam se certificar o que anda causando o barulho.
Em 1 de março de 1999, a NOAA registrou um som que foi nomeado "Julia", que provavelmente é oriundo de um iceberg que encalhou na Antártica. Ele foi alto o suficiente para ser ouvido por hidrofones no Oceano Pacífico Equatorial, com uma duração de 2 minutos.
De acordo com os cientistas, o som é similar ao de uma pessoa choramingando.
O ruído foi gravado em 19 de maio de 1997 pelos cientistas da NOAA, e tem esse nome ("slow down" significa "diminuir" em inglês) porque sua frequência diminui ao longo de seus 7 minutos de duração.
O som foi captado várias vezes na década de 1990, e os especialistas acreditam que ele surgiu do atrito de uma grande camada de gelo, ou de um iceberg, quando atingiu o fundo do oceano.
A NOAA identificou esse som de chaleira sendo fervida em julho de 1997, porém sua origem é indeterminada. Os cientistas apostam no barulho que vulcões submarinos em erupção fazem. No âmbito popular, a existência dele foi usada como o som produzido pelas criaturas do H. P. Lovecraft, como o Cthulhu.
A fonte do Whistle está em algum lugar do oceano Pacífico, provavelmente nas Fossas das Marianas, onde só um Batiscafo Triestre alcançou, porém não o suficiente para ouvir.