Estilo de vida
21/08/2021 às 07:00•2 min de leitura
Foi em 22 de novembro de 1963, às 12h30, que o então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, passou desfilando em sua limusine no Dealey Plaza, no centro de Dallas (Texas, EUA), em meio a uma multidão que se aglomerou para recepcionar o chefe de Estado.
Quando o segundo tiro disparado por Lee Harvey Oswald atravessou a garganta de Kennedy, o passeio se tornou uma das maiores tragédias políticas da história norte-americana.
Além de dor e dúvidas, o momento foi envolvido por conspirações, como a do Umbrella Man, e mistério. Um desses foi o telefonema que um jornal britânico teria recebido 25 minutos antes do brutal assassinato.
(Fonte: Sutori/Reprodução)
Às 18h05, o jornal Cambridge News recebeu uma ligação anônima em que dizia que uma grande notícia surgiria nos Estados Unidos. A princípio, o estranho telefonema não foi considerado, mas 4 dias após o atentado entrou para um extenso memorando de investigação escrito pelo vice-diretor do Departamento Federal de Investigação (FBI), James Angleton.
Destinado a J. Edgar Hoover, o então chefe da agência, o documento ressaltava que o serviço de inteligência britânico MI5 teve acesso a uma ligação insólita recebida por um jornal do Reino Unido.
(Fonte: The Guardian/Reprodução)
Divulgado em 2017 pela BBC, o memorando detalhava que o autor da ligação disse apenas que o repórter do jornal Cambridge News deveria telefonar à Embaixada dos EUA em Londres para reportar uma grande notícia e desligou em seguida.
Conforme o documento, assim que o jornalista soube da morte do presidente, informou a polícia sobre a ligação, e as autoridades contataram o MI5. Os investigadores mapearam a vida pessoal do profissional, descobrindo que ele era uma pessoa sensata e leal que não tinha histórico de problemas de segurança.
(Fonte: The Seattle Times/Reprodução)
Em matéria feita por Chris Elliott, a então equipe do Cambridge News não tinha conhecimento da ligação nem sabia a identidade do repórter até 2017. O caso veio à tona pela primeira vez na década de 1980, através da investigação do advogado Michael Eddowes.
Eddowes, que morreu em 1992, acreditava que o assassinato de Kennedy fazia parte de um grande círculo de conspiração política que acontecia no próprio governo estadunidense. O advogado alimentava a possibilidade de o telefonema ter sido feito para salientar a ideia de que o crime havia sido orquestrado, não encomendado.
“É mais importante sabermos por que Kennedy foi assassinado do que por quem”, disse o cineasta Oliver Stone, em seu documentário JFK Revisited: Through The Looking Glass. “Por que precisamos manter uma política hostil contra Rússia, China, Irã ou Cuba? Precisamos de relações estáveis com esses países, porque a ameaça principal que sofremos é o aquecimento global. É um problema mundial que exige soluções mundiais. Os países, as pessoas, estão acima de presidentes ou ditadores”.
Ainda ninguém conseguiu descobrir qual foi a natureza daquela ligação.