Estilo de vida
22/10/2023 às 05:00•2 min de leitura
Dentro da história, o século XIX é visto como um período importantíssimo na curiosidade e na investigação sobre a paranormalidade. É desta época que data, inclusive, o início do espiritismo, que teria começado depois que as irmãs Fox, em Nova York, nos Estados Unidos, afirmaram em 1848 que conseguiam falar com pessoas mortas por batidas em uma mesa.
A febre pelo sobrenatural foi tão grande que houve até intelectuais e cientistas que se interessaram pelo fenômeno e passaram a pesquisá-lo. Neste texto, listamos cinco homens e mulheres da ciência que foram atrás da verdade sobre os fantasmas.
(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)
O casal de físicos Pierre e Marie Curie, vencedores do Prêmio Nobel, eram muito respeitados por terem descoberto os elementos radioativos rádio e polônio. Mas, eles também nutriam certo interesse por fenômenos aparentemente inexplicáveis.
Em 1905, a dupla e outros colegas participaram de várias sessões espíritas com a famosa médium italiana Eusapia Palladino, que foi avaliada por diversos cientistas de sua época. Na ocasião, Pierre e Marie Curie teriam testemunhado a ocorrência de ruídos estranhos, mesas que levitavam e outros objetos voadores. Pierre, especialmente, demonstrava uma convicção de que tudo não passava de uma farsa.
Contudo, quando seu marido morreu repentinamente em um acidente de carruagem com apenas 46 anos, Marie Curie passou a escrever cartas para ele em seu diário, sugerindo que, em algum nível, ela acreditava que era possível se comunicar com os mortos.
(Fonte: Paul Thompson/FPG/Getty Images)
O filósofo William James é responsável por dar as bases para a psicologia americana, e foi um dos fundadores da Sociedade Americana de Pesquisa Psíquica em 1885. A organização tinha como objetivo usar métodos científicos rigorosos para explorar os fenômenos relatados de mediunidade, incluindo a telepatia e a suposta existência de fantasmas.
James teria dito então que muitos dos médiuns eram golpistas, mas recusou-se a postular que todos eles eram ruins. Inclusive, ele teria muita fé em uma vidente de Boston chamada Leona Piper, que teria aparecido na sua vida trazendo uma mensagem de seu filho recém-falecido.
(Fonte: Getty Images)
O físico e químico britânico Michael Faraday ficou conhecido por suas descobertas envolvendo os princípios básicos da indução eletromagnética, diamagnetismo e eletrólise. Contudo, em 1853, ele também quis saber mais sobre o fenômeno que causava trepidação e levitação de mesas.
Para isso, ele resolveu fazer seu próprio experimento: o físico tentou monitorar secretamente os movimentos dos músculos dos participantes de uma sessão espírita. No mesmo ano, Faraday publicou a sua conclusão no jornal Times, e disse que o fenômeno de virar mesas não era espiritual, mas físico. Para o cientista, as pessoas estavam inconscientemente mexendo a mesa durante o evento em que estavam juntas, somando suas forças.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Eleanor “Nora” Sidgwick foi uma pesquisadora de física e matemática que também atuou como uma ativista importante pelo direito das mulheres ao voto. Durante a sua carreira, ela acabou se tornando presidente da Sociedade de Pesquisa Psíquica, uma instituição científica bastante respeitada que investigava fenômenos paranormais.
Dentro do grupo, Sidgwick pesquisou casos de telepatia, os médiuns e a levitação. Quase sempre suas conclusões sobre os fenômenos eram bastante céticas, mas ela acreditava que a telepatia era rara, porém possível. Em 1891, ela publicou um artigo chamado "On Spirit Photographs”, em que tratava da suposta aparição de fantasmas em fotografias. No texto, Eleanor Sidgwick revelava muitos dos truques que eram usados para criar a aparência fantasmagórica nas imagens.