Estilo de vida
07/08/2019 às 06:00•3 min de leitura
Os pássaros e outras aves em geral, ao longo da história da humanidade, foram sempre criaturas que provocaram algum tipo de fascínio no homem. Elas podiam voar, eram livres para ir onde quisessem. Por conta disso, diversas culturas elegeram esses bichos para representar algumas de suas ideias de mundo ou lendas, tornando esses animais divindades ou precursores do mal. Sempre dependia da ideia que os pássaros passavam para o povo que o observava. Os mais graciosos eram adorados enquanto os mais sombrios eram temidos.
Alguns pássaros mitológicos são bem conhecidos, como a Fênix, mas a maioria foi esquecida ou é muito particular de uma única cultura. Sendo assim, separamos algumas dessas aves místicas para você conferir como os antigos criavam reproduções estranhas, assombrosas e até divinas desses bichos.
Fonte da imagem: ListVerse
O Benu para os egípcios antigos significava basicamente a existência do mundo como o conhecemos. De acordo com a mitologia dessa cultura, o Benu foi o precursor da criação. Ele pousou sobre o caos e quebrou o silêncio primordial do cosmos com um grito estridente. Esse grito foi o definidor de tudo que existe na Terra, determinado o que haveria e o que não haveria em sua criação.
O pássaro ainda é uma espécie de Fênix dos egípcios, sendo associado em seu tempo à ressureição. Diz a lenda que ele renascia com os primeiros raios do Sol e se desfazia com os últimos brilhos do astro. Por conta disso, ele era associado tanto à vida quanto à morte.
Fonte da imagem: ListVerse
Este era um pássaro extremamente grande da mitologia da Suméria, a mais antiga civilização humana da qual se tem registro. O bicho teria o corpo de uma águia e a cabeça de um leão. Ele seria tão grande que seu voo criaria tempestades de areia e seu grito poderia chacoalhar o mundo inteiro. Até mesmo os deuses teriam medo do monstro.
Diz a mitologia que Anzu roubou a “Tábua do Destino” dos deuses e, com isso, consegui poderes divinos e pôde por fim controlar o mundo mortal.
Fonte da imagem: ListVerse
Este era um pássaro com feições humanas pertencente ao deus Visnu, da cultura hindu. Ele seria bastante grande e, no Japão, era conhecido como Karura. Além dos nomes semelhantes, as imagens feitas da criatura nas duas culturas eram muito semelhantes. Estátuas de ouro foram produzidas mostrando o animal divino em sua graça. Por ser grande e brilhante, ele era comumente confundido com o deus do fogo, segundo a mitologia.
Fonte da imagem: Lama
Striges são criaturas da mitologia grega que mais tarde foram parte da mitologia romana, sendo chamadas então de Strix. Inicialmente, essas criaturas foram referenciadas em uma história sobre dois irmãos que mataram e devoraram outra pessoa. Como punição, ambos foram transformados em criaturas horrendas, sendo um deles um Stringe. A criatura seria algo parecido com uma coruja, porém estaria sempre de cabeça para baixo, além de muito faminta.
Na mitologia das duas culturas, essas criaturas são normalmente associadas a vampiros e bruxas.
Fonte da imagem: ListVerseEssas criaturas penosas são originárias da mitologia húngara, na qual são sempre associadas a bruxas. As Liderc são aves parecidas com uma galinha ou coruja, servindo de companheiras para as bruxas.
Elas nasciam de ovos que as bruxas chocam embaixo de seus braços ou simplesmente apareciam nas janelas dessas feiticeiras. As Liderc deveriam sempre se manter ocupadas com alguma tarefa dada pela bruxa, caso contrário, acabavam por matar a feiticeira. Por conta disso, elas realizavam praticamente qualquer atividade desejada pelas bruxas, como transporte de coisas, observação de inimigo e afins. A lenda ainda diz que a única forma de uma bruxa impedir sua Liderc de matá-la seria dando um atarefa impossível para a mesma, como a de carregar água em um balde sem fundo, por exemplo. Com isso, a ave maléfica ficaria infinitamente tentando completar o seu serviço.
Fonte da imagem: ListVerseUm dos mais sinistros pássaros da mitologia que ganha a primeira posição por aparecer na mitologia de muitas culturas diferentes. Para os árabes, o hoopoe era uma espécie de pássaro sobrenatural que tinha poderes de cura e de prever acontecimentos na água. É atribuído a esse pássaro também o resgate do Rei Salomão do deserto.
Para os europeus cristãos, o bicho é bem menos simpático. Há histórias sobre uma espécie de ave-besta com esse nome que era bastante cuidadosa com seus familiares, tomando conta dos novos e dos idosos de forma mais carinhosa que os humanos. Contudo, essa besta era associada à morte de uma forma bastante misteriosa, já que era sempre vista em cemitérios.
Fora isso, diz a lenda que, quando o deus cristão criou o hoopoe, o pássaro foi apresentado a todas as comidas que as aves tendem a gostar. Estranhamente, a criatura recusou todas e Deus a amaldiçoou a viver comendo o excremento de outros animais.