Artes/cultura
11/08/2024 às 20:00•2 min de leituraAtualizado em 11/08/2024 às 20:00
O americano Andrew Cunanan se tornou mundialmente conhecido por ser o assassino do estilista italiano Gianni Versace na frente de sua casa em Miami, em 15 de julho de 1997. Dias depois, em 23 de julho, Cunanan cometeria suicídio.
Mas a sua morte deixou muitas questões não respondidas. Entre abril e julho de 1997, ele cometeu uma onda de assassinatos no país que culminou em cinco mortes. A razão de ter matado Versace nunca foi descoberta.
O mega empresário e estilista italiano Gianni Versace morava em South Beach, em Miami, há cinco anos. Na manhã do dia 15 de julho de 1997, ele saiu de sua casa para buscar um café (o que era inusitado, pois cabia ao seu assistente essa tarefa). Ele pegou a bebida e retornou para sua mansão, percorrendo uma distância de 15 quadras.
Quando abria o portão de sua casa, ele foi abordado um homem na casa de vinte e poucos anos, que montou uma emboscada e deu dois tiros em sua cabeça. Testemunhas ainda relataram ter assistido a uma cena de breve luta, e que os dois homens pareciam se conhecer.
Versace morreu na hora. O assassinato levaria à caçada de um homem estranho chamado Andrew Cunanan.
De ascendência filipina, Andrew Cunanan era então um fugitivo do FBI, nascido na Califórnia. Ele havia se envolvido com vários tipos de negócios: foi um garoto de programa que atendia clientes ricos, mas esteve envolvido em furtos e tráfico de drogas. Até sua mãe o descreveu como um “prostituto masculino de alta classe”, mas seus amigos afirmaram que ele apenas tirava vantagem dos amantes, sem cobrar por seus serviços.
Descobriu-se que, antes de assassinar Versace, ele estava sendo procurado como suspeito de quatro mortes. O primeiro assassinato foi de Jeffrey Trail, um ex-oficial naval da Marinha dos Estados Unidos que provavelmente namorou Cunanan. O segundo foi o arquiteto David Madson, que foi encontrado morto na costa leste de Rush City, no Minnesota, com tiros na cabeça. Madson também seria ex-namorado de Cunanan.
Em seguida, o jovem foi para Chicago, onde matou dias depois o milionário Lee Miglin, que tinha 72 anos, e foi encontrado com seu rosto embrulhado com fita adesiva, além de golpes de tesoura em sua garganta. A polícia considerou que este foi um crime sádico com motivações de excitação sexual.
Cinco dias depois, Cunanan usou o carro de Miglin e encontrou sua quarta vítima em Pennsville, Nova Jersey. Ele matou o coveiro William Reese, de 45 anos. Foi após esse assassinato que surgiu uma primeira testemunha, o que fez com que o FBI acrescentasse Andrew Cunanan na sua lista dos dez foragidos mais procurados.
O assassino ia se tornando cada vez mais descuidado, deixando nos locais da morte itens que ele havia penhorado usando o próprio nome. Mas foi o assassinato em plena luz do dia de Gianni Versace que fez com que a polícia o perseguisse, sem sucesso.
Oito dias após o assassinato do famoso estilista, Andrew Cunanan se matou em um barco em Miami. Até hoje não se sabe ao certo qual era a ligação de Cunanan com Versace – o máximo que se sabe é que eles teriam se conhecido brevemente enquanto Versace desenhava figurinos para a Ópera de São Francisco.