Artes/cultura
19/01/2023 às 02:00•1 min de leitura
Você sabia que podem existir bactérias vivendo no nosso cérebro? Pois é, estudiosos encontraram indícios de que um microbioma tão complexo quanto o do nosso intestino também pode existir no nosso cérebro, fazendo com que os micro-organismos tenham funções essenciais nesse órgão central.
Tais descobertas foram feitas por pesquisadores da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, que cogitaram a hipótese desses micróbios serem responsáveis por problemas comportamentais. No entanto, acredito muito mais na questão genética como precursora e que certos tipos de traumas ou obstáculos no desenvolvimento podem desencadear problemas psicológicos.
No recente estudo publicado intitulado Is there a brain microbiome? ("existe um microbioma no cérebro?" em português), é possível ter mais detalhes de como as descobertas ajudaram os cientistas a desvendar mais coisas sobre o assunto.
"Numerosos estudos identificaram sequências microbianas ou epítopos em amostras patológicas e não patológicas de cérebro humano. Não foi resolvido se essas observações são artefatos ou representam verdadeiramente a população do cérebro por micróbios", diz trecho do estudo.
Esse estudo mostra que dada a especulação tentadora de que os micróbios residentes poderiam desempenhar um papel em muitas doenças neuropsiquiátricas e neurodegenerativas que atualmente carecem de etiologias claras, há uma forte motivação para determinar a "verdade fundamental" da existência microbiana em cérebros vivos.
Ou seja: os micróbios podem ter, sim, ligação com o desenvolvimento ou funcionamento de doenças neuropsiquiátricas, mas ainda são necessários mais estudos que desvendem a real ligação entre as bactérias e eles. Não descarto, porém, a possibilidade da relação com as doenças — inclusive, os micróbios podem, sim, ser responsável por alguns tipos, mas não podemos generalizar.