Ciência
10/05/2024 às 14:00•3 min de leituraAtualizado em 10/05/2024 às 14:00
Dentre as funções corporais, uma das mais importantes é fazer cocô. Muita gente evita falar sobre isso, mas o fato é que o bom funcionamento do intestino é fundamental para a nossa saúde. Não por acaso, o órgão também é chamado de segundo cérebro.
E o fato é que o seu cocô pode estar querendo falar coisas que nem sempre você está disposto (ou preparado) para ouvir. Mas é importante saber o que os movimentos intestinais estão nos indicando.
Diferente do que às vezes a gente pensa, não há uma conta exata sobre o que seria o ideal quando falamos em números de evacuações por período. Mas, se formos buscar uma métrica, poderíamos falar que entre três vezes por dia e três vezes por semana é considerado normal.
A quantidade de vezes que fazemos cocô pode ser influenciada por vários fatores. Um dos mais importantes é a dieta. Comer alimentos ricos em fibras é um primeiro passo para regular o intestino. O segundo ponto é a hidratação: a água mantém as fezes macias e torna a evacuação mais fácil.
Mas estar fazendo cocô com muita frequência também pode ser algo a se prestar atenção. Se você está evacuando muito, isso pode indicar mudanças na dieta ou até algum problema de saúde. Se desconfiar disso, o ideal é sempre procurar um médico.
Outro aspecto que costuma ser debatido é esse: por que o cocô às vezes afunda no vaso, e noutras vezes boia? O que seria considerado mais saudável? Para entender isso, é importante compreender a composição das nossas fezes.
Basicamente, nosso cocô é composto de água, fibras, bactérias e resíduos do sistema digestivo. A densidade das fezes se modifica por vários fatores, o que inclui a dieta, níveis de hidratação e quão bem o nosso corpo absorve os nutrientes.
Com isso, chegamos à conclusão de que normalmente o cocô saudável deve afundar na privada. A alta densidade das fezes tende a indicar uma hidratação adequada e uma alimentação balanceada. Se seu cocô sempre boia no vaso, isso pode ser um indicativo de má absorção de nutrientes e uma dieta rica em gordura. Por isso, é bom se atentar a esse sinal se isso acontece frequentemente.
No que diz respeito às cores, o cocô também pode estar manifestando algo para nós. Há algumas variações na paleta, como o marrom clássico ou o escuro, lembrando um café forte. Esses dois tons costumam indicar um sistema digestivo funcionando normalmente.
Mas o cocô pode apresentar tons de verde – o que indicar o consumo excessivo de folhas ou de alimentos com corante alimentar verde. Nesse caso, é preciso se atentar quanto tempo isso dura.
Outras tonalidades possíveis são o esbranquiçado e o vermelho. No último caso, isso pode indicar consumo de beterraba, por exemplo, mas também a presença de sangue. Já o branco pode significar uma obstrução no ducto biliar. Por isso, o ideal é monitorar e, em caso de preocupação, procurar o médico.
Muita gente sente que, quando viaja, experimenta uma incômoda prisão de ventre. Se isso ocorre com você, saiba que há uma explicação científica: ela é causada pelo cérebro.
Isso ocorre porque o cérebro recebe um sinal de que não estamos em um ambiente normal e seguro, o que pode desencadear uma resposta ao estresse, liberando hormônios como o cortisol e desacelerando a produção de cocô.
A mudança na rotina também impacta. Nosso intestino gosta de previsibilidade. Quando mudamos o nosso ritmo de horários, de refeições e de alimentos consumidos, isso pode confundi-lo. Por fim, há a falta de hidratação, já que às vezes bebemos menos água quando viajamos, o que endurece as fezes.
Portanto, para evitar esse problema, o fundamental é prevenir: beber bastante água e comer lanches ricos em fibras costuma ajudar a manter o bom funcionamento das coisas.