Artes/cultura
05/04/2024 às 16:00•3 min de leituraAtualizado em 05/04/2024 às 16:00
Há produtos que aparentam ser práticos, benéficos, ou no mínimo inofensivos. Mas com o tempo, ou melhor, estudos, suas propriedades foram reveladas e o risco de desenvolver câncer passou a estar relacionado a sua utilização.
Hoje, a lista desses itens prejudiciais está cada vez maior, e ainda assim, eles são relativamente comuns nos lares. E como muito provavelmente teremos alguns deles em casa e sequer suspeitamos disso, é preciso redobrar a atenção.
Com algumas gotinhas, ele deixa o café mais doce. Durante muito tempo, o produto parecia ser o substituto ideal para o açúcar, mas estudos já revelaram que o aspartame, adoçante de baixa caloria, pode causar câncer quando consumido em grandes quantidades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a proporção que representa o limite de consumo diário é de 40 miligramas por quilo.
No entanto, esse composto pode ser encontrado em uma enorme gama de alimentos, como refrigerantes, pastilhas, gelatinas, sorvetes, e até mesmo em algumas pastas de dente e remédios. Ou seja, evitar ou moderar o seu consumo pode ser mais difícil do que imaginamos.
Essa descoberta também deu o que falar nas redes sociais, pois o band-aid oferece tanta praticidade e é utilizado há tantas décadas, que quase ficou imune a suspeitas. Mas segundo um relatório da Mamavation, os PFAS (per-and polyfluoroalkyl substances, em inglês) conhecidos como "produto químico eterno", estão sendo encontrados em marcas de curativos em quantidades expressivas.
Na prática, isso significa que o composto tem na ferida aberta uma "janela" para entrar em contato com o nosso sangue. Dessa forma, tanto crianças quanto adultos podem ser expostos aos FPAS. Além de potencialmente cancerígeno, eles também são associados a outros problemas, como o comprometimento do sistema imunológico e problemas de desenvolvimento em crianças.
Vale destacar que a lista de produtos que apresentam FPAS é imensa, passando por roupas, móveis, embalagens de alimentos, produtos de limpeza (incluindo absorventes e fio dental) e até mesmo alguns modelos de lente de contato. Ou seja, fique sempre de olho no rótulo para se certificar que o item que está levando para casa é livre desse tipo de composto.
Na lista de carnes processadas, temos opções saborosas e muito prejudiciais à saúde, como bacon, salsicha, calabresa, mortadela, linguiça, peito de peru, e mesmo outras carnes conservadas. Estudos já estabeleceram uma associação entre o consumo desses alimentos e o desenvolvimento de câncer de cólon.
Ou seja, esses danos vão além de aumentar os níveis de colesterol, expondo o organismo a compostos nocivos e que afetam órgãos do nosso sistema digestivo. Vale destacar que o câncer de intestino pode levar anos para apresentar sintomas, o que dificulta o diagnóstico precoce e também pode reduzir significativamente a chance de cura do paciente.
O uso de plástico para embalar alimentos representa um grande problema, já que além de poluir o meio ambiente quando descartado indevidamente, microplásticos também são ingeridos e inalados por nós. Em se tratando das latinhas de alimentos, não é tão diferente e muitas delas possuem Bisfenol A (BPA) em seu revestimento interno. Mas ele pode contaminar os alimentos quando exposto a altas temperaturas.
Em teoria, esse composto serviria para proteger os alimentos, mas para nós, ele tem o efeito oposto quando somos expostos a quantidades elevadas: provoca alterações hormonais, mudanças em nosso DNA e ainda pode levar ao desenvolvimento de câncer. Mas por apresentar alguns efeitos mesmo em doses mais baixas, especialistas entendem que ele oferece riscos demais para ser ignorado.
Muitos não sabem, mas esse composto também é utilizado no processo de fabricação de policarbonatos, ou seja, é expressiva a gama de produtos que contém BPA, incluindo os famosos garrafões de água mineral de 20 litros. Por esse motivo, foi proibido o uso e produção de mamadeiras que tenham Bisfenol A visando reduzir o risco de exposição aos bebês.