Estilo de vida
05/01/2022 às 08:30•3 min de leitura
Desde que os seres humanos tomaram consciência sobre sua própria existência, guerras nunca faltaram por todas as partes do planeta. Seja por diferenças culturais, expansionismo, ou qualquer outro motivo, essas batalhas ajudaram a forjar impérios, derrubar nações, consolidar alguns líderes e mudar o rumo da história.
No entanto, algumas acabaram ficando mais famosas que outras. E, pensando nisso, nós criamos uma lista com seis confrontos marcantes que foram esquecidos com o passar do tempo, mas mesmo assim tiveram participação marcante no mundo moderno.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Destruído por conflitos internos e pelo avanço de forças muçulmanas, o Reino da Geórgia estava cada vez mais encurralado pelo Grande Império Seljúcida durante o século XI. Em 1089, o jovem de 16 anos, David IV, assumiu o trono do país em um cenário bastante delicado.
Porém, enquanto os seljúcidas voltavam suas atenções para ajudar a causa muçulmana nas Cruzadas, David viu uma oportunidade de reconquistar alguns territórios. Temendo o avanço do Cristianismo e a retomada de força da Geórgia, o Império Seljúcida preparou um ataque com uma tropa de 500 mil homens no estreito de Didgori, em 1121.
Mesmo com apenas 50 mil soldados, o exército de David IV tinha uma estratégia para atacar as forças turcas por todos os lados e derrubar seus principais líderes, dizimando seus rivais aos poucos e acabando com a expansão muçulmana na região.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O Califado Abássida governou grande parte do Oriente Médio por volta de 750 a.C. Considerada a Era de Ouro Islâmica, esse período deveria ter dado espaço para uma ascensão e expansão cultural dos abássidas e de outros estados muçulmanos. Entretanto, tudo mudou quando o Império Mongol chegou a Bagdá em 1258.
Com o califa abássida Al-Musta'sim negando todos os pedidos dos mongóis, o exército rival decidiu montar um cerco na capital. Logo, Bagdá foi bombardeada múltiplas vezes até que os abássidas cedessem sua posição. Por mais que essa não tenha sido uma verdadeira batalha, o ataque queimou documentos históricos, destruiu parte da cidade e marcou o fim de um dos grandes impérios muçulmanos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
No século XI, a Península Ibérica inteira havia se dividido entre mouros no sul e visigodos no norte — que se dividiam entre os reinos de Leão, Castela e Aragão. Nessa época, Portugal era apenas um condado de Leão, governado por Teresa de Leão e seu esposo. Entretanto, quando seu marido morreu, Teresa se viu em uma disputa por poder com seu filho Afonso — defensor da independência portuguesa.
Essa tensão familiar acabou gerando a Batalha de São Mamede em 1128, quando Afonso derrotou as forças de sua mãe e tomou conta de Portugal. Foi com essa vitória que ele juntou forças para desafiar o rei de Leão e conquistar a independência de Portugal. Sem isso, o país dificilmente teria se tornado uma potência no período de colonização como aconteceu séculos depois.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1066, os ingleses tiveram sua última batalha contra invasores vikings, finalmente acabando com a Era Viking. A Batalha de Stamford Bridge, como foi chamada, aconteceu em Londres. Naquela época, o rei inglês Harold aguardava por uma invasão norueguesa e se preparava para enfrentar as tropas do rei norueguês Hardrada.
Harold marchou com seus aliados por 300 km em apenas quatro dias e conseguiu surpreender seus inimigos. Sem esperar pelo ataque, os noruegueses foram dizimados e Hardrada terminou morto. A vitória fez com que os vikings fossem expulsos da região, mas enfraqueceu as tropas de Harold para enfrentar o exército de Guilherme, o Conquistador, no mesmo ano.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Mesmo chegando em Tenochtitlan com apenas 500 homens, os conquistadores espanhóis de Hernán Cortés montaram um plano para dominar o Império Asteca. A estratégia era matar civis desarmados e reunir tribos inimigas descontentes com o comando asteca para aumentar o poderio de combate.
Rapidamente, os espanhóis conseguiram chegar até a capital e tomaram o líder Montezuma II como refém — que acabou sendo morto após uma rebelião do povo nativo. Após diversos ataques cruéis e com a cidade cercada, Tenochtitlan terminou dominada pelos espanhóis e abriu espaço para a principal estratégia de colonização espanhola.
(Fonte: Wikimedia Commons)
No século XVII, a Santa Liga das Nações, liderada pela Monarquia de Habsburgo da Áustria, foi criada para tentar quebrar o poderio do Império Otomano — que era considerado a maior força na Europa e no Oriente Médio. O objetivo era continuar diminuindo as forças otomanas, como aconteceu durante a Batalha de Viena em 1683.
Assim nasceu a Batalha de Zenta, o conflito que finalmente definiria um baque marcante para os turcos e estabeleceria a Áustria como uma potência europeia. Em 1697, as forças da Liga emboscaram os otomanos enquanto eles cruzavam um rio para tomar Zenta (na atual Sérvia). Assustados com o acontecimento, muitos soldados morreram afogados tentando fugir e vários foram exterminados no local.
Isso fez com que os otomanos se vissem obrigados a assinar o Tratado de Karlowitz e tivessem que ceder grandes porções da Europa no processo.