Estilo de vida
27/03/2018 às 07:01•2 min de leitura
Hoje em dia, a gente “shippa” vários casais, seja de filmes, séries, livros ou até novelas! Em “O Outro Lado do Paraíso”, novela das 21h da Rede Globo, a galera está torcendo para que Clara (Bianca Bin) e Patrick (Thiago Fragoso) terminem juntos. Em casos assim, criasse uma palavra para definir o casal, que neste caso é “Clarick”, junção dos nomes dos personagens.
Isso não é algo novo: durante o lançamento da saga “Crepúsculo”, tinha gente torcendo tanto para a Bella ficar com o vampiro Edward quanto com o lobisomem Jacob. Isso que falamos ainda dos livros! Na literatura, outro exemplo famoso foram os “shipps” de Hermione com Ron Weasley e de Harry Potter com Gina, ambos na saga “Harry Potter”.
Nos seriados, isso também é comum. Quem não torceu ora para Kate (Evangeline Lilly) ficar com Jack (Matthew Ford), ora para ficar com James (Josh Holloway)? Até mesmo no mundo real existe gente que torce por um casal famoso jamais se separar, como os fãs de Brumar (Bruna Marquezine e Neymar).
Em "Lost", o fandom se dividiam entre os que torciam para Kate ficar com Jack ou com James
Apesar de a torcida por casais ser algo bastante antigo, foi apenas na década de 1990 que a ideia de dar um nome a isso surgiu. Em 1996, na quarta temporada de “Arquivo X”, os fãs que torciam por um romance entre Mulder (David Duchovny) e Scully (Gillian Anderson) começaram a chamar a si mesmos de “shippers”, uma derivação de “relationship” (relacionamento, em inglês).
Além dos shippers, também existia uma parcela de fã que não queria de jeito nenhum que um romance entre os personagens principais atrapalhasse a história. Eles se autodefiniram “NoRomos”, em referência a “no romance” (sem romance, em inglês). Como o amor venceu, foram os shippers que sobreviveram.
É preciso lembra que em 1996, quando o termo se popularizou entre essa comunidade de fãs, a internet ainda estava engatinhando comercialmente. Por isso, demorou um tempo até que o termo “shippar” entrasse de vez em nosso vocabulário – algo muito comum no mundo virtual nos dias de hoje. Ela pertence principalmente a fandoms de grandes sucessos culturais, mas pode ser usado por qualquer um que queira juntar um casal. E, você, já “shippou” alguém?
Mulder e Scully: o casal que deu origem à febre de "shippar"