Bohemian Rhapsody: 8 diferenças entre o filme e a história do Queen

O filme “Bohemian Rhapsody”, que conta a trajetória da famosa banda Queen, estreou no último final de semana levando cerca de 500 mil brasileiros aos cinemas e repetindo o sucesso visto em outros países do mundo. O filme tem dividido opiniões, mas a atuação de Rami Malek como Freddie Mercury tem sido elogiadíssima – ele inclusive está cotado a uma indicação ao Oscar.

Porém, como toda cinebiografia, alguns dos eventos mostrados nem sempre são tão fiéis à realidade. Confira algumas das mudanças entre realidade e ficção:

1. A formação do Queen

Brian May e Roger Taylor, respectivamente guitarrista e baterista do Queen, tinham uma banda chamada Smile que acabou se desfazendo. No filme, Freddie Mercury aparece cantando à capela em um estacionamento para os dois, que após uma breve conversa já topam em formar uma nova banda tendo ele como vocalista. Porém, na realidade, Mercury era grande fã da banda Smile e amigo do vocalista Tim Staffell. Ele insistiu muito para entrar na formação, algo que só foi acontecer após a saída de Staffell.

2. A chegada do baixista John Deacon

A formação do Queen só ficou completa com a entrada do baixista John Deacon, em 1971, após testes com outros 3 músicos. No filme, porém, ele já ingressou logo no primeiro show, ainda em 1970, quase como em um passe de mágica.

3. O primeiro encontro em Mercury e Mary Austin

No filme, Freddie Mercury conhece e sai com Mary Austin, um dos amores de sua vida, logo na primeira noite em que ele passou a integrar a Smile, antes de a banda se chamar Queen. Porém, ambos já se conheciam há algum tempo, porque Mary era namorada de Brian May no ano anterior à formação do Queen. Mercury inclusive pediu autorização ao colega de banda antes de se envolver com May.

4. A relação entre Mercury e Jim Hutton

Hutton foi um dos maiores amores da vida de Mercury, tendo ficado ao lado do artista durante vários anos, até a sua morte em 1991 em decorrência de complicações da AIDS. No filme, Hutton trabalha na mansão de Mercury e eles se conhecem em uma das festanças organizadas pelo vocalista do Queen, porém, na vida real, Hutton era cabeleireiro e conheceu seu amado em uma boate.

5. O Queen se separou?

Não! A banda nunca chegou a se separar, ao contrário do mostrado no filme, que teria sido motivado por um contrato exclusivo da gravadora com Freddie Mercury. Em 1983, porém, o ritmo de shows e gravações estava tão desgastante que os membros da banda até pensaram em dar uma parada, mas que acabou não se concretizando – inclusive, os músicos lançaram o álbum “The Works” naquele ano, trazendo dois de seus maiores sucessos, “Radio Ga Ga” e “I Want to Break Free”.

6. Álbuns solo

Um dos motivos citados para tal separação do Queen no filme teria sido o álbum solo “Mr. Bad Guy”, lançado por Freddie Mercury em 1985, que seria o primeiro álbum solo de um músico do Queen. Essa informação, porém, não é verdadeira, já que nem o voo solo foi tão traumático — e nem foi o primeiro: Roger Taylor lançou, em 1981, o disco “Fun in Space”, seguido de “Stranger Frontier”, de 1984.

7. O “retorno” triunfal no Live Aid de 1985

O evento Live Aid, que ocorreu simultaneamente em Londres e na Filadélfia, reuniu inúmeros artistas em prol do combate à fome na Etiópia. No filme, isso é mostrado como o retorno triunfal do Queen após algum tempo separado. Na realidade, eles ficaram apenas 1 mês e meio distantes, logo após uma megaturnê mundial para divulgar o álbum “The Works”.

8. O diagnóstico de HIV

Não se sabe exatamente quando foi que Freddie Mercury se descobriu soropositivo, mas acredita-se que tenha sido entre 1986 e 1987. No filme, para efeitos dramáticos, o diagnóstico veio à tona logo antes do show no Live Aid, em 1985, com uma dramática e emocionante cena dele contando a verdade a seus companheiros de banda.

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