Estilo de vida
15/04/2021 às 07:30•2 min de leitura
O golpe "Boa Noite, Cinderela", que consiste em drogar uma vítima para posteriormente roubá-la ou abusar sexualmente dela, é uma prática criminosa que ganhou esse apelido há poucas décadas no Brasil, mas poucos conseguem compreender o sentido por trás de sua origem. Se nos contos de fada quem dorme é a Bela Adormecida, por que o nome do ato faz referência à Cinderela?
Apesar de o crime não ter sua origem bem esclarecida, várias pessoas teorizam sobre quais poderiam ter sido as principais influências para que ele tenha adquirido tal denominação. Atualmente, a maior parte do público convenciona que seu batismo foi em homenagem ao programa homônimo apresentado por Sílvio Santos durante a década de 1970, em que mulheres de famílias de baixa renda participavam do show para serem coradas como princesas e conhecer um "príncipe encantado", vivendo um dia regado de luxos e premiações.
(Fonte: Disney / Reprodução)
Outras teorias sugerem que o golpe está relacionado a um modus operandi que simula a noite no baile, visto que as principais vítimas do "Boa Noite, Cinderela" são encontradas em festas e casas noturnas. Sendo assim, é traçado um paralelo com o comportamento de um falso príncipe, que acaba enganando e iludindo as garotas com boas ações, uma boa aparência e uma conversa que flui, apenas para se aproveitar delas após a ingestão das drogas.
O "Boa Noite, Cinderela" é uma prática criminosa aplicada por pessoas com objetivos de abusar de outras psicológica e fisicamente fragilizadas pela ingestão de drogas. O golpe, que ocorre com maior frequência em casas noturnas e festas, consiste no despejo de substâncias chamadas "rape drugs" ("drogas de estupro", em tradução livre) em bebidas de vítimas que estão distraídas, fazendo com que elas percam seu estado de consciência e fiquem completamente vulneráveis.
(Fonte: Diário do Rio / Reprodução)
O "Boa Noite, Cinderela" induz as vítimas a um efeito depressor através da mistura de químicos como GHB (ácido gama-hidroxibutírico), ketamina (Special K), escopolamina, rohypnol (flunitrazepam), clorofórmio, valium e outros, que ao serem absorvidos com álcool geram incapacidade motora, apagões, perda de memória e, em casos mais graves, até estado de coma com risco de morte.