Artes/cultura
04/10/2021 às 09:30•3 min de leitura
Filtros e editores de fotos aparentam ser invenções muito recentes, especialmente com o "boom" das redes sociais nos últimos anos, mas as primeiras técnicas de correção de imagens são muito mais antigas do que se pensa. No início do século XX, artistas retocavam fotos para deixá-las incrivelmente perfeitas e passavam seu conhecimento para entusiastas da área, ensinando sobre os conceitos mais importantes no tratamento manual de capturas.
De acordo com o livro Complete Self-Instructing Library of Practical Photography (Biblioteca Autoinstrutiva Completa de Fotografia Prática, em tradução livre), especialistas em remodelagem de fotos retocavam os negativos fotográficos sem qualquer tipo de alteração, deixando as imperfeições menos visíveis e recriando imagens exatas. Assim, as pessoas não recebiam fotos definitivas, mas sim impressões de seus negativos adequadamente revistas para dar a ideia de uma imagem real.
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
As técnicas consistiam no uso de estiletes ou lápis e permitiam a correção da iluminação e de inúmeros aspectos físicos do fotografado, como nariz, pescoço, olhos, boca, cabelo e pele no geral. Além disso, muitas vezes o próprio plano de fundo era modificado, tudo para dar um ar mais puro ao material.
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
De acordo com a obra de dez volumes, “os defeitos no rosto humano tornaram-se mais aparentes no negativo, e surgiu uma demanda por maior suavização das linhas e remoção das imperfeições mais questionáveis”, com os esforços para melhorar as fotos como resultados de técnicas de retoque do negativo.
Essas edições permitiam que o modificador das fotos alterasse qualquer aspecto visível da imagem, assim como ocorre com os recursos mais recentes de programas como Photoshop ou aplicativos da categoria. Como nos dias atuais, pessoas fotografadas pediam para emagrecer nos cliques, ter suas deficiências corrigidas, ganhar novas proporções e embelezar-se de todas as formas possíveis, tendo como escopo apenas o registro do negativo e a capacidade criativa do editor.
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
Para isso, os técnicos utilizavam princípios artísticos incrivelmente realistas de pinturas que chamavam a atenção pela fidelidade em relação à pessoa fotografada. Dessa forma, as alterações passavam totalmente despercebidas, reforçadas obviamente pelos tons pretos, brancos e cinzas que compunham todo o aparato fotográfico da época.
Confira algumas das mágicas que os editores de negativos eram capazes de fazer, em uma compilação de imagens no estilo "antes vs. depois" revelada pelo livro Complete Self-Instructing Library of Practical Photography.
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia/Reprodução)