Nova Cronologia: a teoria que afirma que nossa história é uma farsa

15/12/2021 às 13:002 min de leitura

Nascido em 13 de março de 1945, no ano final da Segunda Guerra Mundial, na Ucrânia, o doutor em Matemática Anatoly Fomenko, membro vitalício da Academia de Ciências da Rússia, desde a década de 1970 afirma que a história que todos nós conhecemos não passa de uma farsa.

Por meio do polêmico estudo Nova Cronologia, ele fez uma revisão completa sobre a ideia de que vários séculos foram falsificados por escribas mal-intencionados ou que os estudiosos modernos interpretaram mal tudo.

Para Fomenko, a história registrada antes dos séculos XI e XIV não têm credibilidade porque tinham dispositivos de cronometragem inadequados, disponibilidade limitada de documentos remanescentes e manutenção de registros inconsistentes.

Realidade alterada            

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Então, a História pré-renascentista teria sido uma grande invenção fabricada por diversos escritores, em sua maioria forçados pela igreja católica e outros líderes cristãos da época para poderem apresentar evidências históricas que apoiassem as reivindicações feitas pela Bíblia Sagrada.

O matemático compara a maioria dos historiadores com o escritor erudito cristão francês do século XVI, Joseph Scaliger, que estaria no centro da ideia de propagar o falso registro da história do pré-renascimento. Portanto, aqueles que não foram comprados, como Scaliger, foram levianos de maneira ainda mais preguiçosa ao simplesmente inventar a história antiga baseada em pessoas e eventos contemporâneos para criar uma narrativa que ele define como "fantasma".

Portanto, entenda que o Império Romano, na verdade, surgiu no final da Idade Média, não no século VIII a.C., bem como a Roma Antiga, a Grécia e o Egito foram períodos totalmente inventados — e Jesus Cristo viveu e morreu no século XII d.C.

(Fonte: LiveJournal/Reprodução)(Fonte: LiveJournal/Reprodução)

Agora, talvez, você deve estar se perguntando: mas por quê? Por que Fomenko desenvolveu esse tipo de pensamento?

Pode ser que tudo isso tenha começado devido à sua formação em Matemática, que ajudou a explicar como ele começou a construir sua Nova Cronologia. Em 1973, lendo o trabalho de outros escritores sobre inconsistências em dados históricos relacionados aos ciclos lunares, ele concluiu que muitos eclipses lunares e outros eventos celestiais não poderiam ter ocorrido quando os historiadores disseram que ocorreram. Sendo assim, a maioria dos principais eventos históricos poderiam estar perdidos por centenas de anos.

Tendo como base o pensamento dos escritores Jean Hardouin e Isaac Newton, que já afirmaram que os eruditos cristãos da Idade Média haviam feito um registro incorreto da história, Fomenko reuniu várias ideias e adicionou uma série de cálculos matemáticos duvidosos relacionados ao registro astronômico, dando vida à sua Nova Cronologia.

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Apesar de ele ter publicado vários livros e defendido sua tese, a teoria da conspiração pseudo-histórica dele ficou confinada apenas aos cantos obscuros da internet, apoiada por pessoas que negam a Ciência e qualquer estudo.

Seu trabalho foi tão menosprezado devido ao teor absurdo e ridículo, que nem sequer o poderio científico deu atenção para suas ideias. Afinal, como refutar uma teoria que não acredita em tecnologias de pesquisa como a datação por carbono?

No entanto, os estudiosos sérios e renomados que deram a mínima atenção à Nova Cronologia de Fomenko concordaram apenas com um ponto de vista sob um montante de negacionismo: a história é sempre uma reconstrução, mas até certo ponto.

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