Ciência
24/02/2022 às 12:00•2 min de leitura
Para aqueles que possam estar se perguntando, sim, Liu Bowen era o equivalente ao Nostradamus na China, tanto que ficou conhecido por essa alcunha tanto quanto pelas profecias inquietantes, antes de dar seu suspiro final em 16 de maio de 1375, aos 63 anos.
Além de ser um profeta, Bowen também foi um filósofo, poeta, estrategista militar e político, responsável por fazer o imperador Zhu Yuanzhang criar a dinastia Ming. Sua conexão espiritual acontecia através da meditação, igual Nostradamus, e também era a maneira que encontrava para buscar inspirações para suas profecias, escritas em forma lírica, com previsões escondidas em enigmas.
A sua predição mais notória, que o consagrou como o grande profeta do século XIV, foi a famosa "Canção da Panqueca", em que ele previu a invasão mongol de 1449, a Guerra Sino-Japonesa, o aparecimento de Sun Yat-Sem, pioneiro da China republicana do século XVIII; e a fundação da República da China, em 1911.
Liu Bowen. (Fonte: Vision Times/Reprodução)
A canção surgiu durante uma tarde com o imperador Hongwu que, para testar as habilidades proféticas de Bowen, escondeu o lanche que comia antes que o profeta pudesse entrar na sala. Então, pediu que o homem adivinhasse o que ele estava comendo, e Bowen disse que eram panquecas.
O século XXI também foi alvo das predições de Bowen que, como mostra uma matéria do Epoch Times, pode ter previsto a pandemia de covid-19 através de seu poema The Ten Worries, inscrito na Montanha Baishan, revelando que uma grande praga teria início nos anos do porco e do rato no zodíaco, que foram 2019 e 2020, respectivamente.
(Fonte: inf.news/Reprodução)
“Independentemente se você for rico ou pobre, se você não melhorar, a morte logo estará diante de você”, adverte Bowen na profecia.
O profeta chinês também ressalta que o verdadeiro tesouro da vida são os altos valores morais que permitirão que as pessoas vivam em paz. Essa é uma concepção muito disseminada pelos sábios orientais, que enxergam a esperança na moralidade.
O poema de Bowen termina dizendo que esse período de tribulação se encerrará nos anos do dragão e da cobra, ou seja, 2024 e 2025, respectivamente.