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26/04/2022 às 13:00•2 min de leitura
No mundo da arte, as falsificações costumam ser um problema sério. Alguns estudiosos estimam que até 20% das obras de arte presentes nos museus podem ser falsas. Mas há o fenômeno contrário: de obras consideradas falsificações e que, mais tarde, foram reconhecidas como verdadeiras. Neste texto, trazemos 5 exemplos de quando isto aconteceu.
(Fonte: Wikipedia)
O pintor holandês Rembrandt Harmenszoon van Rijn pode ser considerado um rei das selfies: ele fez mais de 100 autorretratos durante a sua vida. Mas há um específico, que é de propriedade do National Trust no Reino Unido, que foi por anos considerado uma falsificação — e, no entanto, é uma obra original de Rembrandt.
O quadro ficou por muito tempo guardado, até que despertasse o interesse de Ernst van de Wetering, especialista em Rembrandt, que investigou pessoalmente a pintura em 2013. Após meses de análises, os especialistas do Hamilton Kerr Institute determinaram que a obra pertence realmente ao famoso pintor.
Eles retiraram várias camadas de verniz do quadro e provaram que as cores originais da obra são próprias do estilo de Rembrandt. A análise envolveu também a verificação da assinatura do quadro, que foi realizada na mesma época que a pintura — o que seria o indício final de que se trata de um verdadeiro Rembrandt.
(Fonte: Pinterest)
Uma obra chamada Madona da Romã, do pintor italiano Sandro Botticelli, foi decretada verdadeira em 2019, depois de anos sendo listada como falsa. Esta é uma pequena pintura, em forma circular, que mostra Maria segurando o menino Jesus com uma romã em sua mão, enquanto anjos os cercam. Trata-se de uma versão menor do famoso quadro Madona da Romã que fica em exibição na Galeria Uffizi em Florença.
Várias técnicas foram usadas para confirmar a autenticidade do pequeno quadro, como a remoção do verniz e da sujeira, uso de raio-X e testes de raio infravermelho. O material usado para a pintura também foi analisado, provando-se assim que a tinta era comum na época em que foi feita.
(Fonte: Wikipedia)
Em 2013, o Metropolitan Museum of Art de Nova York vendeu o quadro Retrato de uma jovem para arrecadar fundos para adquirir novas obras. Os membros do museu achavam que a pintura havia sido feita por um seguidor do pintor flamengo (povo que habitava a região da Bélgica) Peter Paul Rubens. Mas eles estavam errados.
Estudiosos confirmaram que o quadro é um Rubens original. A confirmação se deu a partir de vários especialistas, incluindo aqui o diretor do Rubenshuis, museu em Antuérpia dedicado às obras de Rubens.
(Fonte: Van Gogh Studio)
Um quadro de Vincent Van Gogh ficou mais de 100 anos guardado em um sótão. Foi comprado em 1900 por um colecionador norueguês, que em seguida foi informado que o quadro era uma falsificação.
Em 2013, a obra foi analisada com novas tecnologias e a opinião foi mudada: trata-se de um Van Gogh original. Isso foi constatado por alguns indícios: os pigmentos da tinta, a tela usada, a numeração atrás da tela que correspondia ao inventário mantido pelo artista. Por fim, descobriu-se que Van Gogh havia escrito para o seu irmão, Theo, falando exatamente desta pintura.
(Fonte: Santhatela)
Um quadro de Monet que pertence à Fundação Gösta Serlachius Fine Arts da Finlândia foi provada verdadeira a partir do uso de novas tecnologias. Por 60 anos, a fundação acreditava que tinham um Monet no acervo, mas não conseguiam provar pois faltava a assinatura no quadro.
Com um dispositivo especial, os professores de uma universidade finlandesa conseguiram descobrir a composição original da obra, que é de 1891. Por baixo de camadas de tinta, havia a assinatura do pintor francês. Até hoje não se sabe por que Monet resolveu pintar por cima de sua própria assinatura.