Artes/cultura
28/04/2022 às 09:00•2 min de leitura
Na Berlim de meados de 1896, foi Max Sielaff quem inventou o primeiro Automat, uma máquina de venda automática de alimentos, pensando em agilizar o processo de pedir comida dos restaurantes. O estilo chegou em uma Nova York que só crescia, em 1902, quando Joseph Horn e James Hardart abriram um Automat, marcando o início da era dos fast foods na América.
Mas demorou até a década de 1950 para que o empresário e vendedor Ray Croc revolucionasse a indústria e o gênero de produção ao adquirir o nome McDonald’s dos irmãos Richard e Maurice Mac McDonald, do sul da Califórnia, transformando a marca no maior e mais próspero império alimentício do mundo.
Atualmente, o McDonald's e a rede Subway lideram o mercado de fast food com 80 mil restaurantes no mundo todo. Só nos Estados Unidos, segundo a pesquisa do Ibis World, existem 185,2 mil restaurantes de empresas de fast food espalhados pelo país.
(Fonte: Capital Public Radio/Reprodução)
Ainda que tenha sido apenas no século XX que os fast foods tenham sido cunhados, moldados e distribuídos da maneira como são conhecidos atualmente, os primórdios da humanidade já desfrutavam de algo parecido com o que existe hoje.
Ainda que seja curioso imaginar algo tão moderno quanto um restaurante fast food montado no meio de uma cidade romana antiga há milhares de anos, isso realmente foi algo que aconteceu.
Até seus últimos dias de existência, antes de sucumbir à desgraça proporcionada pela erupção do Monte Vesúvio, em 79 a.C., a cidade de Pompeia foi o lugar onde se fez história. Naquele tempo, o conceito do fast food surgiu entre as classes mais baixas, visto que os ricos tinham cozinhas enormes e chefs à disposição, então não precisavam sair para comer.
(Fonte: Newsweek/Reprodução)
Em 2019, pesquisadores descobriram uma estrutura ainda intacta chamada termopólio, o equivalente a um restaurante de fast food naquela época. E isso só foi possível porque as cinzas do vulcão preservaram muita coisa quando choveram sobre a cidade, mantendo-a intacta por mais de mil anos.
Entre os 80 termopólios descobertos, o de Pompeia foi o mais preservado de todos.
(Fonte: Snopes/Reprodução)
No fast food da Roma Antiga, àqueles que não tinham muito dinheiro foi servida uma dieta bem equilibrada de aves, carne vermelha, peixe, trigo, aveia, maçãs, uvas e romãs. Eles não costumavam consumir muita água, mas sim posca, uma bebida oriunda da mistura de vinagre, água e vinho.
Os arqueólogos descobriram que no termopólio foram vendidos ensopados de carne ou frutos do mar, acompanhados de queijo assado, peixe salgado e vinhos picantes. Também escavaram das ruínas do local ossos de patos, porcos, cabras e peixes, no que deveria ser a cozinha do local.
O descobrimento do primitivo restaurante de fast food credibilizou a teoria de que aquele lugar na Pompeia fora muito popular entre os cidadãos por se tratar de uma pequena praça pública muito próxima das casas.
Escavada totalmente, expondo os requintes de detalhes preservados pelas cinzas vulcânicas, a área foi aberta aos visitantes no verão de 2021.