4 tendências estéticas do passado que causariam espanto hoje

07/06/2022 às 08:002 min de leitura

A moda tem como característica a efemeridade: ela morre e se renova o tempo todo. Mas, muitas vezes, nós perdemos a noção de que certas tendências não são "naturais", e que a estética de uma época seria inimaginável em outra. Neste texto, contamos 4 tendências estéticas dos séculos passados que hoje talvez pareçam estranhas. 

1. Cabelos compridos para homens

(Fonte: Herald Weekly)(Fonte: Herald Weekly)

Há uma espécie de padrão estético no cabelo dos homens - que, segundo é ditado em várias culturas, precisa ser curto. Cabelo comprido masculino se tornou sinônimo de rebeldia e contravenção.

Mas é até estranho que hoje seja assim. Historicamente, a ideia de um homem cortar seu cabelo era visto como um sinal de sua subordinação, seja a outras pessoas ou à sociedade. Quem tinha cabelo curto era um prisioneiro ou um oficial das forças armadas.

Na Grécia antiga, por exemplo, cabelos longos eram um sinal de riqueza, poder e masculinidade. Era por isso que todos os deuses gregos costumavam ser retratados com cabelos compridos.

2. O rosa como uma cor para mulheres

(Fonte: The White House Historical Association)(Fonte: The White House Historical Association)

A ideia do rosa como uma cor exclusiva de mulheres também é uma invenção recente. Em 1918, por exemplo, um catálogo americano podia recomendar azul para as meninas, pois era uma cor considerada muito delicada.

Foi apenas depois da Segunda Guerra Mundial que o rosa se tornou um símbolo de mulheres. A principal responsável por essa tendência foi Mamie Eisenhower, esposa do presidente americano Dwight D. Eisenhower. Na posse de seu marido, em 1953, ela apareceu com um vestido de baile todo rosa enfeitado com strass, que chamou muita atenção dos presentes.

Ela adorava o rosa, e o país adorava sua primeira-dama. Os jornais começaram a chamá-la de "Mamie Pink", o que ajudou a popularizar a ideia da cor como indicada às mulheres que queriam ser elegantes como ela.

3. Roupas como marcadores sociais de classe

(Fonte: Pinterest)(Fonte: Pinterest)

Na França, no século XVIII, pré-Revolução Francesa, as roupas eram vistas como marcadores explícitos do privilégio aristocrático. A classe a que alguém pertencia determinava as roupas que podia usar: os muito ricos usavam casacos extravagantes, casacos bordados a ouros, chapéus adornados com pena. 

Abaixo deles, vinha o clero, que se vestia com mantos em cores vibrantes, como púrpura, vermelho e dourado. Em seguida, os plebeus que usavam roupas mais simples, como ternos, camisas brancas e chapéus.

A Revolução Francesa foi uma reviravolta não apenas política, mas também na moda. Quando os jacobinos ascenderam ao poder, ensaiaram uma forte reação contra a alta moda da época. O estilo extravagante, associado à realeza, passou a ser desprezado, e abriu-se espaço a uma anti-moda, mais modesta e simples. Vestir-se de acordo com a moda do Antigo Regime podia, inclusive, colocar alguém mais perto da guilhotina.

4. A moda dos abacaxis

(Fonte: Pinterest)(Fonte: Pinterest)

Os tropicais abacaxis já foram vistos como um grande símbolo fashion, exclusivo das pessoas ricas. A história é a seguinte: quando Cristóvão Colombo voltou para a Europa depois de uma viagem, em 1496, trouxe uma caixa de abacaxis. Apenas um dele não apodreceu, mas foi o suficiente para conquistar toda a corte espanhola.

Os aristocratas ficaram fascinados tanto pelo sabor doce daquela fruta, quanto pela sua aparência extremamente exótica. Eles se tornaram símbolos de status dentro da moda, e passaram a ser estampados em quadros e até em roupas.

Uma das razões do culto ao abacaxi é o fato de ele ter uma "coroa", que foi associada à própria ideia da monarquia - já que, conforme se acreditava, os monarcas seriam escolhidos por Deus. Ou seja, o abacaxi também era o "rei das frutas", e só pessoas especiais poderiam ostentá-lo.

Por isso, enxergar o aristocrático abacaxi como uma simples fruta seria, no mínimo, uma afronta aos poderosos.


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