Ciência
17/06/2022 às 13:00•3 min de leitura
Era Dourada, ou "The Gilded Age", foi como ficou conhecido o período final do século XIX nos Estados Unidos, que se estende da década de 1870 até próximo do ano 1900. Ganhou este nome por conta de um romance de Mark Twain, em que o autor satirizava problemas sociais que marcaram o período.
Neste recorte de época, a sociedade norte-americana viu surgir a classe dos ultra-ricos, em meio a muito materialismo e corrupção sistêmica. Para além disso, foi uma fase muito extravagante dos Estados Unidos e um tantinho estranha, também. Confira 5 fatos fascinantes sobre o período.
(Fonte: Wikimedia Commons)
James Addison Peralta-Reavis foi o maior vigarista da Era Dourada. Conhecido com Barão do Arizona, ele roubou milhares de pessoas, incluindo o estado do Arizona de seus proprietários legais. Já durante a Guerra Civil norte-americana, Reavis, um soldado Confederado, passou a falsificar passes que permitiam com que ele não tivesse que trabalhar.
Ao aprimorar suas habilidades, ele se casou com uma mulher por puro interesse. Modificou registros oficiais da igreja e tornou sua esposa a última herdeira de uma fictícia família, a quem ele tornou herdeira de todas as terras que compunham a região central do que hoje é o Arizona. Foi ao menos vinte anos de fraudes até que fosse desmascarado e preso.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Pouco após o fim da Guerra Civil, em 1865, alguns antigos soldadas, sem ter o que fazer e destroçados financeiramente com o início da Era Dourada, receberam uma oferta um tanto inusitada. Thaddeus Mott, um destes veteranos, conheceu Ismail, o Magnífico, vice-rei do Egito, que o convidou a juntar outros veteranos para modernizar o exército egípcio.
Ismail desejava criar um grande império na África e para isso contava com o apoio dos antigos soldados confederados. Obviamente deu muito ruim: após invadirem a Etiópia, as forças comandadas por Mott foram massacradas pelos etíopes, que mesmo mal equipados eram muito mais numerosos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Um dos casos mais absurdos da história da Justiça dos EUA envolve sonambulismo. Em fevereiro de 1979, Ronald Dale Fain estava hospedado em um hotel no Kentucky, descansando. Ao ser acordado pela recepcionista, ele sacou uma arma e atirou nela, um tiro certeiro que a levou a óbito. Ele correu para a rua, pediu ajuda alegando não saber o que se passava.
Fain acabou condenado em primeira instância, mas teve a pena cancelada. Um juiz julgou procedente o fato de que a defesa do acusado não teve permissão para apresentar a tese de que ele seria sonâmbulo e, como tal, não estaria em sua plena consciência.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O Gigante de Cardiff já teve sua história contada aqui no Mega Curioso. Foi uma pregação de peça sem tamanho ocorrida na Era Dourada. George Hull, dono de uma tabacaria em Nova Iorque, quis provar que as pessoas eram inclinadas a acreditar em qualquer coisa que estivesse na Bíblia.
Para tal, contratou um escultor para trabalhar na elaboração de um falso gigante e o enterrou no terreno de seu primo. Em outubro de 1869, divulgaram a incrível "descoberta". Não apenas foi aceita como real, como virou um ponto turístico e foi revendida a um grupo de empresários por US$ 30 mil. Existe gente idiota para todo tipo de coisa.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Thomas Edison, que construiu inúmeras coisas, entre elas a lâmpada elétrica incandescente, o fonógrafo e o cinescópio, tentou aplicar um golpe em Nikola Tesla, inventor sérvio-croata, que havia chegado há pouco nos Estados Unidos. Edison queria que alguém redesenhasse seus geradores elétricos e aperfeiçoasse sua lâmpada.
Ao contratar Tesla, Edison lhe prometeu US$ 50 mil pelo trabalho. Ao findar o trabalho, Tesla não viu nem de perto a cor do dinheiro e optou por levar seus talentos para o maior concorrente, George Westinghouse. O inventor aprimorou a corrente alternada, vencendo Edison que tentava impor a corrente contínua. Vingança é um prato que dá choque.